quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Produtores preveem maior rentabilidade na próxima safra

A safra de grãos brasileira de 2010/2011 deve ser ainda mais rentável para o produtor do que a deste ano. Para 2011/2012, a expectativa recua um pouco, puxada principalmente pela alta dos preços dos fertilizantes, que estão com baixos estoques tanto no Brasil quanto no exterior.

A redução dos custos de produção em 2010 e a realização de bons negócios na comercialização de grãos para 2011 devem aumentar ainda mais a rentabilidade do produtor brasileiro no ano que vem. Entretanto, para sócio diretor da Agroconsult, André Pessoa, os custos de produção ficarão mais altos no próximo ano, dado os baixos estoques de fertilizantes no mercado mundial, que praticamente alinham a oferta e a demanda do produto. "Para a safra 2011/2012 teremos, provavelmente, aumentos de custos ao produtor, já que a matéria-prima para fertilizantes está com preços mais altos no mundo inteiro, dado a falta de estoque", disse.

Pessoa garantiu que o episódio vivido pelo setor em 2008 não se repetirá, e a pressão dos custos será por conta da grande demanda por fertilizantes, principalmente oriunda do Hemisfério Norte que prevê uma grande safra de grãos em 2011. "O Hemisfério Norte vai plantar uma safra muito grande de grãos e o Brasil sentirá o reflexo disso. Não esperamos que 2011 repita o ano de 2008, quando houve uma disparada dos preços das matérias-primas de fertilizantes. É um ano que devemos ter uma pressão de custos muito mais pela crescente demanda dos insumos", garantiu.

Com isso, a expectativa do setor para a safra 2011/2012 indica uma rentabilidade menor, já que os custos de produção estarão maiores e os estoques de commodities mais estáveis. Para Alexandre Mendonça Barros, sócio consultor da MB Associados, espera-se entregar ao produtor em 2011 mais de 25,2 milhões de toneladas de fertilizantes, contra os 24,2 milhões previstos para este ano.

Apesar de uma produção maior, Barros afirmou que a tendência é seguir com estoques mais baixos para evitar riscos. "O ponto é que ninguém quer segurar estoque. Isso é a batata quente de quem está com medo. Então, 2011 será um ano para aumentar a margem de segurança no negócio para não correr riscos. Com isso, vamos trabalhar com um mercado curto também, e esse é o problema que está aparecendo agora", afirmou ele.

Barros contou que os defensivos agrícolas também tendem a acumular altas nos preços, com a possibilidade de alguns países reterem as exportações do produto. "Os preços dos defensivos agrícolas também irão subir, mas esse ciclo é muito menos intenso do que os fertilizantes. Entretanto, aposto que irão aparecer alguns países segurando a exportação de defensivos, atrapalhando o crescimento do setor."

Grãos

Para o próximo ano a expectativa do setor é que tanto o milho, quanto a soja e o café se mantenham em preços mais elevados.

A Agroconsult estima que a produção de café do Brasil em 2011 será de 46,5 milhões de sacas de 60 kg, ante 52 milhões de sacas este ano. Destaca-se que o setor cafeeiro sofre o efeito da bianualidade, quando em anos pares a produção de café é maior. Segundo André Pessoa os estoques baixos do café tanto no mercado internacional, quanto no Brasil, apesar da produção maior, estão puxando os preços para cima. "Este ano apesar de termos mais produção do que consumo, a diferença entre eles é muito pequena. Deveria ser maior para recompor estoques. Isso deve dar sustentação a preços em patamares elevados em 2011, como tivemos ao longo de 2010", frisou.

Em relação à soja, Pessoa afirmou que as previsões são mais difíceis. A expectativa de safra gira em torno de 68,4 milhões de toneladas, que representa uma redução ante 2009, quando foram colhidas 69 milhões de toneladas. O consultor atribui essa queda ao atraso do plantio da soja precoce na região Centro-Oeste, a estiagem no Rio Grande do Sul e a redução de área no Mato Grosso. "No Mato Grosso, algumas áreas que seriam destinadas à soja foram cobertas por algodão. O produtor nem plantou soja. Mesmo porque algumas safras estavam muito ruins", finalizou.

Fonte: DCI

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Produtividade de soja cresce 5,8% em oito anos

Em 2003, a área plantada com grãos era de 40 milhões de hectares. Oito anos depois, essas culturas ocupam 47 milhões de hectares, crescimento de 17,5%. Na previsão da próxima safra agrícola, essa área praticamente se conserva, apesar do aumento previsto da produção. Isso significa que o Brasil produz mais alimentos numa área que se mantém constante – ou seja, o crescimento das safras se deve ao aumento da produtividade.

O índice médio de produtividade das 14 principais lavouras passou de 2,8 mil kg/ha, em 2003, para 3,1 mil kg/ha, em 2010 – crescimento de 12%. Uma medida mais abrangente da evolução da produtividade considera todos os produtos agropecuários (lavoura e pecuária), e todos os insumos. “Nesse caso, a produtividade tem crescido a uma taxa anual de 5,8% nos últimos oito anos”, observa José Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura.

O desenvolvimento do setor se explica pela modificação dos processos e técnicas de produção, que hoje incorporam o conhecimento científico e tecnologias de ponta, apontadas entre as mais avançadas do mundo. Isso permite produtividade ainda maior, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que vem contribuindo para a adaptação das culturas às mais diversas condições de clima e solo e dos procedimentos adotados na atividade agropecuária.

O bom desempenho do agronegócio brasileiro é resultado também da capacidade empreendedora dos produtores, que superaram as condições e adaptaram-se às novas tecnologias, melhorando a cada ano seu sistema de produção, com a utilização de máquinas e adoção de sementes mais produtivas.

Mais crédito

Além do fator tecnológico e das boas condições climáticas, ações governamentais apoiaram o avanço da produção de alimentos, com a concessão de crédito agrícola de baixo custo e o fortalecimento e integração das cadeias produtivas agropecuárias. O crédito beneficiou a produção agropecuária empresarial nas áreas de investimento, custeio e comercialização. Os financiamentos concedidos saltaram dos R$ 30 bilhões, em 2003, para R$ 84,4 bilhões, em 2009/2010. Um incremento superior a 181%. E para a atual safra 2010/2011, os recursos chegam a R$ 100 bilhões. Um recorde histórico.

“O crédito rural ainda é importante instrumento de apoio ao agricultor e, nesse sentido, o governo não tem deixado faltar recursos para a produção e a comercialização”, destaca o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães. “O volume de crédito tem sido crescente ao longo de todo esse período, mesmo em tempo de crise de liquidez, como ocorreu em 2008”.


Com o aprimoramento da política de crédito, o governo inovou no planejamento da safra 2002/2003, ao condensar diversas linhas de financiamento em grupos de programas, com o objetivo de facilitar o acesso do agricultor aos recursos. Naquela safra ocorreu a possibilidade de redistribuição dos investimentos entre os diversos programas de investimento, favorecendo a aplicação.


Nos três primeiros anos do governo Lula, de 2003 a 2005, houve um aumento significativo na oferta de crédito para o meio rural. A aplicação dos recursos promoveu a modernização da atividade e o acesso a tecnologias de padrão mais elevado, favorecendo a redução do risco e o aumento da competitividade. Nesse período, além de aumentar o volume de crédito, o governo garantiu mais agilidade para que os financiamentos chegassem a tempo aos agricultores e reduziu as taxas de juros.


Novos instrumentos
Ainda no contexto de aperfeiçoamento da política agrícola, também destaca-se a criação de instrumentos privados de financiamento do agronegócio nos anos de 2004 e 2005. São os chamados títulos de crédito do agronegócio: Certificado de Depósito Agropecuário e o Warrant Agropecuário (CDA/WA), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). O objetivo foi atrair poupança interna e externa para aplicação na produção, processamento e comercialização, ou seja, em toda a cadeia dos produtos do agronegócio.


A evidência do êxito desses instrumentos pode ser constatada no volume de operações realizadas desde a sua criação, há cinco anos. Foram distribuídos, num total acumulado de R$ 238 bilhões, 59.196 títulos registrados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) e na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip).


Com relação aos gastos do governo federal para o apoio à comercialização e sustentação de preços, desde 2003 até setembro de 2010 foram alocados R$ 13,6 bilhões para a comercialização de 78 milhões de toneladas algodão, arroz, café, feijão, mandioca, milho, trigo, soja, entre outras. “Hoje, o setor agrícola encontra-se numa situação muito mais favorável do que em 2002”, avalia Silvio Porto, diretor de Política Agrícola e Informações, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


Ele considera que o governo fez bem ao voltar a atuar efetivamente no mercado, com a sustentação de preços de produtos agrícolas, e dando aporte na remuneração do agricultor. “Elevamos significativamente os preços mínimos, o que permite pagar a diferença do preço de mercado em relação ao preço mínimo utilizando os instrumentos da subvenção, no caso o Prêmio para Escoamento de Produto (Pep) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), ou fazendo as aquisições para a formação de estoques públicos por meio do AGF (Aquisição do Governo Federal) e dos Contratos de Opções de Venda”, acrescenta.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Safra 2010/11: chuva propicia avanço do plantio

O início do período de chuvas repôs os índices de umidade do solo e permitiu o avanço do plantio da safra de grãos nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Já na Região Sul, o volume de chuvas continua abaixo do normal, o que pode comprometer o desenvolvimento das lavouras, deixando os produtores apreensivos com a possível confirmação dos impactos negativos do fenômeno La Niña para o desenvolvimento das culturas, pois a principal característica do fenômeno climático é a falta de chuvas. A avaliação consta na edição de novembro do boletim “Custo e Preço”, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que indica que, no caso da soja, 76% da área prevista para o ano-agrícola foi plantada até o mês passado, o que significa 24,024 milhões de hectares. Em igual período do ano passado, o porcentual de plantio das lavouras de soja era praticamente o mesmo.

Fonte: CNA

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Comissão aprova R$ 25 bi em subsídios aos produtores

A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou na quinta-feira um polêmico projeto de lei que transfere R$ 25 bilhões anuais em subsídios do Tesouro Nacional aos produtores rurais.

O texto do deputado Carlos Melles (DEM-MG), que ainda será submetido a outras duas comissões, prevê a concessão de um subsídio direto de R$ 500 por hectare de área cultivada ou explorada com atividades agropecuárias. A ajuda pode ser atualizada a cada dois anos até o limite de R$ 750. Pelo texto, o produtor continuará a receber outros subsídios - seguro rural, frete, escoamento da safra. Além disso, o governo poderá fixar subsídios adicionais a culturas "ricas em proteínas". O dinheiro seria embolsado até 31 de março de cada ano, plena época de comercialização da safra de grãos.

"Não é um troco, mas está mais do que na hora de subsidiar a agricultura. A sociedade está madura para entender isso. E vai ser uma conta aberta, não tem nada de esqueleto", diz o deputado Melles. Para ele, a geração de empregos e de renda no campo "mais do que justificam" os subsídios. "Abrimos lá atrás para o Pronaf [apoio à agricultura familiar] e hoje temos R$ 16 bilhões de orçamento".

O relatório, assinado pelo deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), estima que a medida beneficiará 50 milhões de hectares, área equivalente ao total hoje plantado com grãos, fibras e cereais no país. Quem receber o subsídio não poderá estar inadimplente com o Fisco ou bancos oficiais, além de ter que respeitar regras trabalhistas, ambientais, sanitárias, alimentares, de zoneamento agrícola e de bem-estar animal.

Os deputados defendem o benefício como forma de "mitigar" efeitos negativos climáticos, cambiais, de mercado e de crédito no país. E só seria suspenso se, e quando, os principais países produtores e exportadores de alimentos revogassem os subsídios diretos aos seus produtores. "É uma forma de dizer às potências que também temos bala na agulha. Se eles tirarem subsídios lá, nós tiramos aqui", diz Carlos Melles. Ele estima em US$ 500 bilhões os subsídios agrícolas na Europa e EUA.

O projeto não especifica impactos negativos sobre os preços da terra ou a tendência de concentração desse ativo, além de evitar detalhes técnicos de rotação de culturas ou o modelo de pecuária. "Dada à magnitude da subvenção, equivalente ao custo de produção da lavoura ou de exploração pecuária, ser dono de terra significará ser candidato a receber polpuda subvenção", critica o deputado

Beto Faro (PT-PA), que redigiu um relatório derrotado e substituído na Comissão de Agricultura pela bancada ruralista.

Além disso, os opositores da medida apontam a dívida rural, estimada em R$ 100 bilhões, como o motivo da busca pelo subsídio. "O mercado de terras experimentará imediata reação, elevando sobremaneira seu custo. Os agentes econômicos visualizarão, em sua posse, a possibilidade de ganhos imediatos e fáceis", diz Faro. Para ele, a "falta de limites" do projeto transforma os 300 milhões de hectares em candidatos potenciais ao subsídio. "O projeto eleva demasiadamente as despesas públicas com o setor. Não assegura distribuição justa dos recursos públicos no âmbito das diversas categorias de produtores rurais. E, principalmente, poderá se transformar em fator de contrariedade da opinião pública com o setor agropecuário".


Valor Econômico

terça-feira, 30 de novembro de 2010



As polícias brasileiras e autoridades fronteiriças apreenderam quase 24 toneladas de agrotóxicos ilegais entre os meses de janeiro e outubro, salto de 16% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o acumulado totalizava 20,79 toneladas. Nos últimos anos, 700 suspeitos de comércio ilegal de agrotóxicos foram detidos no Brasil, e passaram a responder a ações judiciais. Somente em 2010, a Justiça proferiu quase 40 condenações. No acumulado da campanha nacional contra agrotóxicos ilegais, que teve início no ano de 2001, os dados são os seguintes: cerca de 400 toneladas apreendidas; 656 suspeitos detidos e 375 toneladas incineradas. Os delitos de produção, transporte, compra, venda e utilização de agrotóxico contrabandeado ou pirateado são considerados crimes de sonegação, contrabando e descaminho. O disque-denúncia é 0800.940.7030.





Fonte: Sindag

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Primeiro foco de ferrugem asiática é identificado em Nova Cantu (PR)

Embrapa/Aprosoja


O Consórcio Antiferrugem registrou dia 25 de novembro, o primeiro foco de ferrugem asiática da soja em área comercial na safra 2010/201, na cidade de Nova Cantu, no Paraná. A presença de ferrugem foi identificada pelo técnico da Cooperativa Agroindustrial União (Coagru) Adriano Adamzuk Carniele e confirmada pela Faculdade Integrado de Campo Mourão.

Carniele explica que a lavoura que foi semeada no dia 30 de setembro e está no florescimento (R2). "O produtor vai fazer o controle químico da área com fungicida ainda hoje. Agora é preciso intensificar o monitoramento na região", enfatiza.

Na safra passada, de acordo com o Consórcio Antiferrugem, foram identificadas 2370 ocorrências de ferrugem, sendo que o primeiro foco, em lavoura comercial, foi registrado em 17 de novembro. A pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, explica que a baixa umidade do inverno desfavoreceu a brotação de plantas voluntárias e a sobrevivência do fungo causador da doença. Apesar do sucesso do vazio sanitário e do atraso no cultivo da soja pela falta de chuvas, o registro do primeiro foco de ferrugem está ocorrendo na mesma época do ano, comparando-se com a safra passada.

"Por isso, os cuidados devem ser redobrados a partir de agora, quando as primeiras lavouras semeadas começam a entrar no período de florescimento. Nesta fase, aumenta a probabilidade de ocorrência da doença, em função da favorabilidade para infecção proporcionada pelo icroclima (maior umidade e sombreamento que ocorrem com o fechamento da lavoura)", explica Godoy.

Segundo ela, as orientações para o manejo da doença não se alteram, devendo ser realizado o monitoramento das lavouras e o acompanhamento da ocorrência da doença na região. "O controle de ferrugem deve ser feito após os sintomas iniciais da doença na lavoura, ou preventivamente, levando em consideração o desenvolvimento da cultura, a presença da ferrugem na região,as condições climáticas, a logística de aplicação, a presença de outras doenças e o custo do controle", ressalta.

Falta de chuva pode comprometer soja

A falta de chuvas em volume suficiente na região Centro-Oeste pode comprometer a produtividade das lavouras de soja. Se o clima continuar seco, a produção de oleaginosa na safra 2010/2011 deve se manter estável em relação à safra anterior. “O crescimento da área plantada vai compensar possíveis reduções de produtividade, mas parte da renda do produtor estará comprometida”, afirma o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner. Dados da Conab confirmam a avaliação da CNA de aumento no plantio. A área plantada com soja no país no ano-agrícola 2010/2011 pode crescer até 3%, para 24,20 milhões de hectares. E a Conab estima que a produção possa variar entre 67,69 milhões de toneladas e 69 milhões de toneladas.


Fonte: CNA

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Preço causa aumento na área destinada ao milho em Goiás

Agricultores de Goiás decidiram ampliar a área destinada ao cultivo do milho. A melhora no preço do grão foi fundamental na hora de tomar a decisão.

A reação do mercado no segundo semestre do ano animou o produtor a aumentar a área de cultivo nesta safra.

Em Cristalina, o produtor aumentou a área plantada do milho em até 70% em relação ao ano passado. Boa parte do milho já está comercializada em contratos de troca com adubos e fertilizantes.

“Temos 60% desse milho já fechado. Então, isso nos dá a tranquilidade para que a gente saiba que no campo precisamos trabalhar a produtividade. O mercado já está garantido”, disse o agricultor Vanderlei da Silva.

O presidente do Sindicato Rural de Cristalina, espera que nesta safra o preço do milho recompense os investimentos dos produtores que decidiram plantar o grão. “Vamos ter um mercado enxuto pelo menos até junho ou julho de 2011. Isso não quer dizer que nós teremos preços muito acima da realidade que está hoje. Mesmo porque o governo tem um estoque de milho muito elevado e não permitir que o milho seja um vilão da inflação”, disse Vitor Simão.

Fonte: Globo Rural

FAO alerta para possível alta nos preços dos alimentos



A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) advertiu nesta quarta-feira (17) que a tendência é que, em 2011, ocorra uma alta generalizada nos preços dos alimentos devido à baixa produção agrícola mundial.

No relatório Perspectivas de Alimentação, estima-se que o cenário é sombrio em decorrência da queda na produção de cereais e de alguns tipos de grãos. A estimativa é que os projetos globais de importação de alimentos fiquem em torno de US$ 1 trilhão em 2010.

As informações são das Nações Unidas (ONU). O relatório informa ainda que os estoques globais de cereais devem sofrer reduções drásticas, algo como 6% em média segundo a FAO. Os percentuais variam de acordo com o tipo de cereal e de grão. A produção de cevada deve sofrer redução de 35%, a de milho 12% e a de trigo 10%. Apenas as reservas de arroz devem aumentar em aproximadamente 6%, segundo os especialistas.

Para os especialistas, o ideal é que as autoridades estimulem a produção como meio de recompor os estoques. “Em decorrência da expectativa de queda dos estoques mundiais [de alimentos], o tamanho das colheitas do próximo ano será crucial para definir o tom para a estabilidade nos mercados internacionais”, analisa o relatório da FAO.

Os especialistas advertem ainda que a produção como um todo deve ser estimulada, não só de cereais, mas também açúcar e algodão. De acordo com o relatório, se a produção de grãos não for estimulada, a tendência de alta de preços será “significativa” principalmente de produtos como milho, soja e trigo.

Porém, o relatório destaca que não só a produção agrícola será afetada pela alta dos preços, mas também produtos como a carne bovina, o peixe e a manteiga. De acordo com a FAO, todos esses produtos sofreram reajustes acima do esperado ao longo deste ano.

Fonte: DCI (Diário do Comércio e Indústria)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O mercado de feijão nesta sexta-feira 19/11/2010


Produtores do Paraná reduzem área de milho em quase 20%

O Paraná reduziu sua área com milho em quase 20%. O clima está assustando o produtor e até a estimativa da Secretaria da Agricultura reflete prováveis veranicos. Quem está plantando para garantir a rotação de culturas adotou a tecnologia BT, que pode ser um aliado a mais em tempos de provável La Niña, mas é preciso buscar informação para não gastar quando a tecnologia garante exatamente redução de custos com inseticidas.

O milho BT promete resistência à lagarta do cartucho, mas uma faixa do convencional precisa ser plantada ao longo da área. A ideia é adiar a resistência que normalmente os insetos desenvolvem a novas tecnologias. A capacidade do milho BT de resistir a ataques de pragas também pode ser útil agora, já que as lavouras estão sob o risco do La Niña.

Depois de cinco anos sem plantar milho, o agricultor Milton Casarolli semeou 50 hectares com o BT pela primeira vez neste verão, mas somente por conta da rotação de culturas. O foco foi a redução de custo de manejo.

– Numa época muito seca, a infestação de lagarta é muito grande. Teve ano que eu fiz cinco aplicações e judia demais da lavoura. No milho BT, você vai fazer uma, talvez, e já dá uma diferença muito grande – explica ele.

Mesmo com o avanço do milho resistente à lagarta do cartucho, uma das principais pragas da cultura, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Agricultura, estima que a produtividade deve ser 4% inferior em relação à safra passada.

O Estado tem 742 mil hectares semeados com milho, redução da área em 17% em relação ao verão passado. A produção prevista é de 5,4 milhões de toneladas. A pesquisa indica que mais de 70% das lavouras do Paraná são de milho BT. O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Rodolfo Bianchi, alerta que, apesar da tecnologia prometer redução na aplicação de inseticidas, muitos produtores seguem a recomendação de pulverizar o produto quando a infestação passa de 20% da lavoura. Ele aconselha um acompanhamento das lagartas, já que a tecnologia BT mata o inseto por intoxicação dentro de poucos dias.

– Se ela (a lagarta) começa a ficar mais clara é porque parou de comer e, se parou de comer, não é mais praga, porque não ataca mais a lavoura. Esse ano, a gente avaliou algumas áreas que tinham um primeiro indicativo de aplicar o inseticida. Mas, avaliando a lagarta, 80% das áreas que avaliei dispensei a aplicação.

Fonte: CANAL RURAL

Argentina vai liberar exportação de trigo e milho

O ministro de Agricultura, Gado e Pesca da Argentina, Julián Domínguez, informou que a Argentina vai liberar as exportações de volumes mínimos de 5,5 milhões de toneladas de trigo e de 18,5 milhões de toneladas de milho. Durante encontro com representantes das bolsas de cereais de todo o país, em Córdoba, no fim de semana, Domínguez informou que a decisão de permitir as vendas externas dos cereais se deve às boas perspectivas da safra 2010/11.

– Após apresentar os informes técnicos e econômicos à presidente, se destaca uma colheita recorde histórica para a safra 2010/11 que será de 103 milhões de toneladas – ressaltou o ministro durante o encontro.

Domínguez detalhou que o volume da colheita de trigo ficará entre 13 a 14 milhões de toneladas. A colheita da soja será de 52 milhões toneladas, enquanto que a de milho alcançará 26 milhões de toneladas.

Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Conab prevê redução na safra 2010/11

A safra de grãos 2010/2011, em fase de plantio, está projetada entre 146,26 milhões e 148,82 milhões de toneladas. O total indica uma redução que vai de 487 mil a 2,48 milhões de toneladas ante a safra passada. A área destinada ao plantio deve ficar entre 47,24 milhões (queda de 0,02%) e 48,01 milhões de hectares (alta de 1,3%) contra 47,37 milhões de hectares da anterior. Um dos destaques do levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é o algodão em caroço. A colheita da fibra deve ser de 2,56 milhões (+39,1%) a 2,72 milhões de toneladas (+47,5%), ante o período passado (de 1,84 milhão de toneladas). Já a área plantada pode crescer de 1,08 milhão (+29,3%) a 1,14 milhão de hectares (+36,9%). A soja pode crescer em área, com uma variação de 23,76 milhões (+1,1%) a 24,20 milhões de hectares (+3,1%), sendo que a safra anterior registrou 23,46 milhões de hectares. A colheita deve ficar entre 67,69 milhões (-1,4%) e 69 milhões de toneladas (+0,5%) sobre a safra passada (de 68,68 milhões de toneladas).

Fonte: Agência Estado

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dedicação com foco no sucesso




Publicado em 12/11/2010



“Nos aspectos pessoal e profissional, a Academia de Vendas representa uma visão diferenciada através do contato com outros profissionais, troca de experiências, permitindo assim, o aprimoramento do meu conhecimento e melhor gestão de negócio”.



Essa é uma das falas do Aluno em Destaque desta quinzena, ao definir o que representa a Academia de Vendas Syngenta. Engenheiro Agrônomo, formado pela Faculdade de Agronomia Doutor Francisco Maeda (FAFRAM), Marcelo Barbosa faz parte da turma Master Goiânia e, em setembro deste ano, completou 10 anos de atuação na revenda.


Suas experiências profissionais são gratificantes. Durante os primeiros cinco anos, Barbosa trabalhou como consultor em fazenda onde comprava e recomendava opções de controle, seja por meio químico ou cultural. Nos últimos 10 anos, e atuando como consultor, vem apostando nos conceitos de preservação, produtividade e inovações tecnológicas para as diversas culturas que estão presentes em sua área de atuação. “Posso garantir que, em qualquer um dos lados, a paixão pela agricultura é o que realmente faz a diferença”, ressalta.


Graduado desde 1986, Barbosa trabalha pela Moraes & Bagaiolo C. R. P. Agrícolas Ltda, e atende 21 produtores, sendo oito deles clientes focalizados. Após todas as orientações em aula foi possível aplicar os conhecimentos adquiridos, pois o seu maior ganho é a segurança durante a argumentação sobre determinado problema, seja em relação a produto, erva daninha, doença, praga ou ocorrência. “E essa segurança foi realmente adquirida junto ao corpo docente da Academia de Vendas. Acredito que tenho uma visão e interação mais específica e voltada ao negócio da Agricultura, em suas diversas ramificações”, explica Marcelo Barbosa.


Por meio do aprimoramento constante, o engenheiro agrônomo crê que a profissionalização e a agilidade no atendimento, necessidades e feedback ao produtor, se elevam juntamente com a confiança e a credibilidade adquirida no relacionamento. Com toda sua dedicação e empenho pessoal, Barbosa agradece a oportunidade de participar do curso. “A Deus, que é meu alicerce, à empresa onde trabalho e que depositou confiança na minha pessoa, à Syngenta, nosso principal fornecedor que mais uma vez inova no mercado buscando o que há de melhor, e a minha família que me apoia”.


Para os consultores que acessam o site da Academia de Vendas, ou para quem tem interesse em ingressar nas próximas turmas, Marcelo Barbosa deixa sua mensagem: “As pessoas devem ter o comprometimento de acessar o material com certa periodicidade e adquirir o hábito da leitura e da interação, ou seja, manter a disciplina”.


Ao opinar sobre a Syngenta, Barbosa faz destaque ao fato da empresa promover interação direta, tanto com os distribuidores que mantém, quanto com os clientes finais que adquirem seus produtos. Isso funciona através de ações de relacionamento, ferramentas de negociações, portfólio e ações de geração de demanda de campo. “Uma empresa que, através de suas estratégias como Focalização, Academia de Vendas, PEDSyn, entre outras, traz inovações ao mercado, se diferencia de seus concorrentes e proporciona aos seus parceiros diretos e indiretos a segurança crescente no nome Syngenta”, finaliza o aluno dedicado.






Matéria também disponível em:


http://www.institutophytus.com.br/academiadevendas/portal/?secao=participantes&id=154#alunoemdestaque

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Depois de US$ 13 por bushel, soja ainda tem fôlego para continuar subindo?


A primeira quinzena de novembro marcou a passagem das cotações da soja por US$ 13 por bushel, patamar que não se via na Bolsa de Chicago desde junho de 2008. O salto da oleaginosa, que há pouco mais de um mês era negociada a US$ 10,65, foi provocado pela combinação das reduções nas estimativas de safra e de estoques finais dos EUA com as dúvidas em relação ao futuro das lavouras sul-americanas em ano de La Niña, fenômeno que costuma resultar em um regime de chuvas mais modesto na porção meridional na América do Sul. Agora, a principal pergunta do mercado diz respeito à capacidade das cotações continuarem subindo. A resposta, claro, vai depender da evolução do cenário descrito acima, mas também deve sofrer muita influência dos acontecimentos dos mercados externos, principalmente o de câmbio, e da briga por área no próximo plantio norte-americano. De um lado, fica o temor de uma forte reação do dólar, com a consequente fuga de ativos mais arriscados como as commodities; de outro, vem o potencial suporte de uma disputa que envolve outra cultura, o milho, que também precisa trabalhar com preços mais altos para racionar a demanda e atrair plantio na safra 2011/12 nos EUA.
AgRural

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Soja tem preços históricos no MT

A comercialização antecipada da soja em Mato Grosso alcança cotações históricas. Nos negócios travados desde junho, os produtores conseguiram preços entre US$ 14 e US$ 21 a saca. Com o mercado interno aquecido por causa da demanda para ração e biodiesel, a cotação em Mato Grosso chega a se descolar do Porto de Paranaguá/PR, referência para o grão de exportação. Mas, por outro lado, a reação dos preços na Bolsa Chicago, que sustentam a soja na casa dos US$ 11 e US$ 12/bushel (27,2 quilos), também amplia a frustração dos produtores que travaram preço antes do rali verificado entre setembro e outubro no mercado internacional. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 45% da produção prevista já foi comercializada, contra 29% em igual período do ano passado.


Fonte: Gazeta do Povo

Agronegócio pode ter superávit de US$ 60 bilhões

Apesar do dólar fraco, o agronegócio brasileiro deverá fechar o ano com superávit superior a U$ 60 bilhões. O setor é responsável por quase metade das exportações brasileiras. “Ano passado, essa participação chegou aos 42% e este ano será ainda maior, gerando um superávit extraordinário. Devemos chegar ao fim do ano com US$ 72 bilhões de exportações provenientes do agronegócio. E vamos importar apenas algo em torno de US$ 12 a US$ 14 bilhões”, destaca o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. “O Brasil é hoje o grande fornecedor de proteínas, tanto de origem animal como vegetal, e pode aproveitar o momento para expandir ainda mais sua atividade agropecuária. Já exportamos alimentos para 215 países e somos os maiores exportadores de vários produtos, além dos tradicionais café, açúcar e suco de laranja. Estamos nos destacando nas exportações de carne bovina, suína e de aves e já ocupamos a condição de maiores exportadores do complexo soja”.


Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O mercado de milho pode pegar fogo de novo. Depois do surpreendente corte na estimativa da safra norte-americana, promovido pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no início de outubro, as atenções começaram a se voltar para o lado da demanda. A começar pelo próprio mercado norte-americano, onde a gasolina vai passar a receber 15% de etanol, que por lá ainda é feito de milho. O outro ator na balança da demanda é a China, onde a produção local do cereal tem sido insuficiente para atender a intensa procura, aquecida pelo forte crescimento da indústria de ração do país. Até setembro desse ano, os chineses devem importar 1,3 milhão de toneladas de milho, maior volume em 15 anos. Para a próxima safra, as expectativas para as compras chinesas variam de 1 milhão a 5 milhões de toneladas. Tudo para tentar impedir maiores quedas nos estoques estratégicos do país que, dizem os analistas do mercado chinês, não chegam a 10 milhões de toneladas, o suficiente para, no máximo, um mês de consumo.
AgRural

terça-feira, 26 de outubro de 2010

MILHO/CEPEA: Indicador sobe mais de 5% na parcial do mês


Cepea, 26 – O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas-SP) teve aumento de 1,78% entre 18 a 25 de outubro, fechando a R$ 25,75/saca de 60 kg na segunda-feira. Na parcial de outubro (até dia 25), o Indicador acumula alta de 5,19%. De acordo com pesquisas do Cepea, no Brasil, prevalece a expectativa de que as exportações continuem com volume expressivo em outubro e novembro. Conforme levantamentos do Cepea, enquanto vendedores sinalizam que não precisam negociar agora, compradores seguem adquirindo apenas “da mão para a boca”.


(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )

sábado, 23 de outubro de 2010

Importações chinesas de milho somam 1,23 milhão de toneladas na safra 2010/11

De acordo com dados da alfândega fornecidos pela CCS Information Center divulgados nesta terça-feira, as importações chinesas de milho somam 512 mil toneladas. Com esse volume, o montante total alcança 1,23 milhão de toneladas.

Os números estão alinhados com o estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para a safra 2009/10, em setembro - 1,3 milhão de toneladas, que foi o maior volume em 15 anos.

Este crescimento na demanda chinesa tem sido atribuído ao aumento da produção de ração animal e da quebra de safra no ciclo passado. Por conta disso, as importações do cereal norte-americano foram retomadas e na safra 09/10 atingiram o maior volume em 15 anos - 1,3 milhão de toneladas.

Os analistas do mercado chinês acreditam que a nação seguirá aumentando suas importações no próximo ano comercial, podendo até mesmo haver um incremento nas compras. Li Qiang, presidente da JC Intelligence Co. Ltd, aposta em importações na casa das 5 milhões de toneladas.

Fonte: Redação NA

Safrinha de milho cresce e alivia o setor

Mesmo com a previsão de redução de área e produção de milho em 2011, por conta da falta de chuvas nas regiões produtoras e o baixo valor de remuneração pela matéria-prima, o setor está otimista em relação à colheita. Motivo: o crescimento contínuo da safrinha nos últimos anos, que já responde por 38% da produção total do cereal é o principal motivo para manter o avanço. A previsão é que em 2011 a cultura represente mais de 40% da colheita.

Nos últimos dez anos a safrinha brasileira saltou de 15,27% de representatividade em relação à safra total de milho, para 38,29% no ano passado. Com isso, derrubou a fatia da safra principal que no ano 2000 era de 84,73%, e passou para 61,71% em 2009.

Segundo José Carlos Cruz, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Milho e Sorgo (Embrapa), esse cenário foi estabelecido em função da valorização de grãos como a soja, que em alguns estados como Goiás, tomou o lugar do milho na safra principal. "O sudoeste goiano que sempre teve uma safrinha forte de sorgo, e apostava no milho na safra principal, planta hoje soja, e na safrinha o milho. Então o agricultor vai nesse balanço do que é mais barato para plantar, e o que dá mais retorno financeiro a colheita", afirmou Cruz.

Cruz comentou que o Paraná (PR) considerado o maior produtor de milho do País, pode perder a liderança para o estado do Mato Grosso (MT), que já dispõe da maior área e produção na safrinha (2,2 milhões de hectares), ante os 1,3 milhão de hectares do Paraná. A previsão de produção para o estado paranaense em 2011 na safrinha é de 5,8 milhões de toneladas, contra 8,7 milhões do MT. Já em relação à safra principal, o PR deve produzir 7,5 milhões de toneladas, contra apenas 300 mil toneladas do MT. "O Mato Grosso aposta como primeira safra na soja, e somente depois planta o milho. No Paraná a primeira safra de milho a área de cultivo [894 mil hectares] já é menor que a safrinha", disse ele.

Com a expectativa de se tornar o maior produtor do cereal em quatro anos, Mato Grosso, aposta em auxílios governamentais, e melhoras logísticas para escoar o produto, e baixar os custos de transporte. "O estado pode e será um dos maiores produtores de milho do País. Entretanto o governo precisa nos ajudar a vender o nosso milho. Além disso, se não melhorarmos as condições logísticas, entre o estado e os portos, a situação ficará difícil, pois o Paraná tem um grande porto, e os custos ficam ainda mais baixos para eles", frisou o diretor da Aprosoja MT, Carlos Favaro.

Contudo Rafael Ribeiro de Lima Filho, analista da Scot Consultoria, acredita de esse aumento da safrinha é uma tendência, principalmente pela queda no custo. "Existe uma tendência de produtores de milho optarem por plantar outras commodities, deixando o milho para a safrinha, para reduzir os custos da cultura principal. Daqui para frente teremos uma safrinha cada vez maior", garantiu ele.

Brasil

O Brasil deve entrar em 2011 com uma área de plantio 3% menor, que representa 12,7 milhões de hectares. A produção também sofrerá um revés passando de 56 milhões de toneladas de milho obtidos neste ano, para 52 milhões, segundo José Carlos Cruz da Embrapa. "Em 2011 teremos uma queda na área plantada e na produção, por conta da falta de chuvas. Na safrinha a expectativa é plantar mais de 5 milhões de hectares, e se a demanda for maior, o Mato Grosso ainda pode ampliar a sua produção".

A safrinha de milho, que é plantada no primeiro semestre, cresce a cada ano e é a esperança dos produtores para a próxima colheita, mesmo com previsão de redução de área e de produção em 2011, por causa da falta de chuvas e dos baixos preços. A previsão é de que em 2011 a safrinha representará mais de 40% da colheita, e será menos afetada por problemas climáticos.

Nos últimos dez anos a safrinha brasileira saltou de 15,27% da safra total de milho para 38,29% no ano passado. Com isso, derrubou a participação da safra principal (a de verão), que no ano de 2000 era de 84,73% e caiu para 61,71% em 2009.

Segundo José Carlos Cruz, pesquisador da Embrapa, esse cenário se fortaleceu com a valorização de grãos como a soja, que em alguns estados, como Goiás, tomou o lugar do milho na safra principal: "O sudoeste goiano, que sempre teve uma safrinha forte de sorgo e apostava no milho na safra principal, planta hoje soja, e na safrinha, milho".

Cruz comentou que o Paraná, maior produtor de milho do País, pode perder a liderança para o Estado do Mato Grosso, que já dispõe da maior área para produção na safrinha (2,2 milhões de hectares), ante o 1,3 milhão de hectares dos paranaenses.

Fonte: DCI

Plantar milho será um bom negócio em 2011

Plantar milho será um bom negócio em 2011. Isso porque está prevista uma redução dos estoques mundiais e os preços provavelmente serão remuneradores, garantindo rentabilidade ao produtor. Mas grande parte dos produtores em Mato Grosso pode não se aproveitar desse momento devido à redução prevista na área do milho, motivada pelo fenômeno La Niña, que atrasou as chuvas no início da primavera e retardou o plantio da soja. Com isso, a janela de plantio do milho safrinha, no começo do próximo ano, ficou curta e poucos produtores vão colher os dividendos dos bons preços ocasionados pela redução dos estoques.

De acordo com o último relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), a queda na safra mundial de milho passará de 7 milhões de toneladas no ciclo 10/11, quando a produção deverá chegar a 819,6 milhões de toneladas.

A redução será provocada principalmente pela queda da produção brasileira e americana. No relatório do mês de setembro, a estimativa indicava produção de 334,2 milhões de toneladas na safra americana e, agora, não deverá passar de 321,6 milhões. Para o Brasil, o Usda prevê uma queda maior: cinco milhões de toneladas. A produção deverá encolher de 56 milhões de toneladas, na safra 09/10, para 51 milhões de toneladas, no próximo ciclo. Já o consumo mundial deverá ser de 835,36 milhões de toneladas.

“Seria muito bom se pudéssemos plantar uma grande safra, pois certamente teremos mercado com preços compatíveis no próximo ano”, afirma o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Fávaro. O problema, segundo ele, é que o plantio de soja está atrasado e, com isso, muitos produtores não terão tempo de plantar o milho safrinha, a partir de janeiro, dificultando a recomposição dos estoques mundiais.

“Para o Brasil, seria uma oportunidade fantástica por causa dos preços. Acredito que o milho será um grande negócio para o próximo ano em função da queda da produção mundial. Mas, infelizmente, poucos vão poder usufruir desse bom momento do milho em 2011”, avalia Fávaro.

Segundo ele, ainda é cedo para fazer uma projeção sobre a redução da área plantada de milho no próximo ano. “Estamos no final da janela para plantio da soja e, se chover bem agora, os produtores vão colocar as plantadeiras para funcionar dia e noite. Só após o fim deste trabalho é que teremos noção de qual será a área plantada do milho em 2011. Mas podemos afirmar com segurança que já temos uma redução da área de soja entre 200 mil e 300 mil hectares em função deste atraso”.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) lembra que, com as possíveis quedas na produção e aumento no consumo, a relação estoque/consumo caiu para o segundo menor valor das últimas três décadas, 15,9%, ficando atrás apenas da safra 06/07, com 15,2%, fato que afeta não só o cultivo do milho, mas também o da soja que disputam diretamente a área. “A relação que mensura a viabilidade econômica do plantio entre as duas culturas está muito próxima de US$ 2,00/bushell, o que favorece o plantio de milho”, avaliam os analistas.

PREÇOS – Ainda de acordo com o Imea, desde o início dos trabalhos de colheita, em junho de 2010, os preços vêm sofrendo fortes oscilações. Após bater a menor média em julho R$ 9,15/saca o valor pago em Campo Verde sofreu uma expressiva valorização, trabalhando na casa de R$ 14,53/saca em outubro.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) aponta que somente no mês de setembro de 2010 Mato Grosso exportou 988 mil toneladas de milho, o maior volume da história para o mês. De junho a setembro deste ano as exportações já acumulam 2,06 milhões de toneladas, o que corresponde a 24% do volume produzido pelo Estado.


Fonte: Diário de Cuiabá

Milho acumula alta de 44% em São Paulo

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço do milho em São Paulo reagiu pelo terceiro mês consecutivo. Em média, a tonelada está sendo negociada por R$445,40, alta de 4% em relação a setembro e de 44% em relação a julho.

Em outubro, os preços variaram de R$390,00/t a R$500,00/t no Estado.

Quando comparado ao mesmo período de 2009, a cotação atual está 23% maior. No entanto, para o pecuarista a relação de troca entre o boi gordo e o milho é a mesma de outubro do ano passado. Isso porque a alta no preço do boi compensou o reajuste do milho.

Em média, o produtor precisa de 4,69@ de boi gordo para adquirir uma tonelada de milho.

Já em comparação a julho, o poder de compra do invernista está 25% menor. Naquela época eram necessárias 3,72@ para comprar a mesma quantidade do alimento.


Fonte: Scot Consultoria

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Especial SEMANA DO MILHO










Sempre a frente a Casa da Lavoura traz para você cliente e leitor do blog, uma semana dedicada a cultura do MILHO, aqui você poderá encontrar reportagens e notícias sobre o MILHO e as expectativas de mercado.




Por isso, não deixe de ler a reportagens que seguem abaixo!




Na Casa da Lavoura você encontra sementes de milho Syngenta






EUA podem ter mercado extra de 24 bilhões de litros de etanol por ano

A elevação da mistura do etanol na gasolina utilizada nos Estados Unidos de 10% para 15%, aprovada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, da sigla em inglês), é um claro sinal dado pela agência de que a indústria de etanol de milho já está madura o suficiente para a competição no mercado. A afirmação é do representante da União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica) na América do Norte, Joel Velasco.

Para Velasco, o aumento da mistura em um momento em que os preços do milho estão historicamente elevados e tanto a safra norte-americana como a brasileira podem registrar perdas em função de clima adverso, pode levar o Congresso norte-americano a não renovar os subsídios e a tarifa de importação de etanol existentes hoje e que limita a importação do produto. Nos Estados Unidos, o etanol é produzido a partir do milho.

"Esta decisão abre a perspectiva de abertura de um mercado adicional para etanol nos Estados Unidos de 24 bilhões de litros por ano, considerando a base atual de veículos", afirma o economista Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria. Segundo ele, a medida é importante para os produtores de etanol de todo o mundo em função de criar a perspectiva do mercado dos Estados Unidos continuar crescendo.

O presidente do Grupo São Martinho, Fábio Venturelli, afirma que a medida é positiva à medida que aumenta o mercado consumidor do etanol no mundo. "Qualquer ação que eleve o consumo mundial é importante para a criação de um mercado internacional do produto e assegurar uma demanda fixa", disse. Venturelli afirma também que o modo gradual em que o E15 será implementado, em fases, é positivo para que os produtores, principalmente os brasileiros, estudem com cautela sua estratégia para participar deste mercado que se amplia.

O aumento da demanda por etanol neste cenário pode fazer com que os Estados Unidos precisem importar o produto no médio prazo. Em um primeiro momento, a medida poderá até servir para escoar parte da produção de etanol de milho dos Estados Unidos e também acabar com a dependência de subsídios do setor. Mas no curto prazo, com o preço do milho elevado, poderá haver até uma consolidação maior. "Poucas empresas poderão produzir etanol com o preço do milho a US$ 6 por bushel", disse Velasco.

O executivo ressalta, contudo, que esta medida não deverá ter um impacto imediato nas exportações de etanol do Brasil. "Qualquer importação de etanol do Brasil pelos Estados Unidos irá depender do preço do etanol brasileiro e do etanol de milho dos Estados Unidos e da necessidade do combustível renovável nos Estados Unidos", disse.

Velasco estima também que, embora a medida tenha validade imediata, sua implantação será lenta. "Os postos americanos irão esperar que a EPA libere o E15 também para os carros mais velhos, modelos 2001 a 2006, para que o mercado consumidor seja maior e gere economia de escala", disse. A medida aprovada hoje pela EPA apenas libera o E15 para carros de modelos 2007 até o presente.

Isso significa que a maioria dos 270 milhões de veículos nos EUA ainda estariam limitados à mistura de 10%. Espera-se até dezembro uma decisão da EPA envolvendo automóveis fabricados entre 2001 e 2006. Para veículos anteriores a 2001, o E15 não será autorizado. "Com isso, apenas cerca de um terço da gasolina vendida nos Estados Unidos serão impactados pela medida", disse.

O executivo estima que as petroleiras irão entrar na Justiça norte-americana contra a medida porque eles perderão mercado com o E15. "É comum que este tipo de ação ocorra nos processos regulatórios", disse. Mesmo as produtoras de etanol de milho estão vendo a medida com cautela. A Archer Daniels Midland (ADM), queria que a mistura fosse elevada primeiramente para 12%. Um porta voz da Valero Energy, que também produz etanol de milho nos Estados Unidos, disse às agências internacionais que é difícil imaginar os varejistas vendendo E15 em um primeiro momento. Isto porque seria necessário investimentos consideráveis para a venda do produto. "Tudo isso faz com que o mais provável é que o E15 realmente entre em vigor de modo a afetar o mercado apenas a partir de 2011", diz Velasco.

Fonte: Eduardo Magossi, da Agência Estado

Etanol continua a desafiar indústria animal dos EUA

Mudam os presidentes, mas os problemas continuam os mesmos. Pelo menos nos EUA. Pelo menos, ainda, para a produção animal, principalmente avicultura e suinocultura.

Como mostrou ontem clipping do AviSite, com o protesto dos grandes consumidores de milho norte-americanos, o Presidente Obama, prosseguindo na mesma política de seu antecessor, autorizou a elevação da mistura do etanol de milho à gasolina, o que – segundo previsões do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) – vai fazer com que 37% da atual produção do grão seja destinada à produção do etanol.

Em outras palavras, mais de um terço do que antes era quase só comida (para a indústria animal, mas também para a indústria de alimentos humanos) está sendo desviada para a fabricação de um biocombustivel. Daí a grita, por exemplo, da avicultura e da suinocultura que, com isso, perdem gradativamente sua competitividade. Ao analisarem-se números do próprio USDA, é possível constatar que as perdas da produção não são nada pequenas. Assim, comparando-se resultados de 2005 com aqueles previstos para 2011, verifica-se que enquanto a produção de milho tende a crescer pouco mais de 7%, o consumo de “outros setores” (nos quais a indústria do etanol está inserida) deve crescer mais de 126%. E, claro, isso implica na redução da disponibilidade para outros usuários – neste caso, a indústria de ração animal, cujo consumo de milho em 2011 deve ser 12% menor que o registrado em 2005. Naturalmente, nessa redução está envolvida a melhora da conversão alimentar dos animais em criação e a utilização de outras matérias-primas alimentares. Mas implica, também, em estagnação da produção, já que a evolução da conversão alimentar e a substituição do milho por outros grãos têm seus limites.

Outro indicador da perda de participação do setor de rações no consumo de milho dos EUA é obtido a partir da análise da destinação segmentada do grão (fabricação de ração + outros usos + exportação + estoque final). Em 2005, as rações absorveram praticamente a metade (48,2%) do total distribuído entre esses quatro segmentos, enquanto 21% foram destinados a “outros usos” (as exportações ficaram com 14,2% e o estoque final com 16,5%.

Já o previsto para 2011 é uma redução da participação das rações para 37,5% (queda de 22%), enquanto dobra o índice de absorção para “outros usos” (etanol, claro). Cai, também, a participação das exportações (menos de 14%) e dos estoques finais – neste caso, apenas 6,3% do total representado pelos quatro segmentos o que, em termos físicos, corresponde a um estoque final de milho quase 60% menor que o registrado em 2005.

Em síntese, tudo indica que a indústria norte-americana continuará enfrentando dificuldades para produzir alimentos de origem animal a custos acessíveis para o consumidor interno e externo. Isso abre novas oportunidades para países concorrentes (como o Brasil) que, entretanto, precisam adotar políticas mais eficientes - para o milho, mas também para a produção animal.

Fonte: AviSite

Alta internacional abre horizontes para o milho

Os produtores brasileiros de milho ganharam uma nova perspectiva diante da valorização na bolsa de Chicago - mercado considerado a referência para a formação de preços internacionais. Apesar de terem encerrado a quinta-feira em queda de 0,3% naquele mercado, a US$ 5,785 por bushel, no início da semana as cotações atingiram o nível mais elevado em dois anos. Essa valorização se deve a um conjunto de fatores. Entre eles está uma safra menor que o esperado nos Estados Unidos, o aumento de importações da Europa depois da seca na Rússia e, principalmente, a possibilidade de a China importar mais que o estimado pelo próprio país.

"Tudo que envolve a China mexe com o mercado. Isso, contudo, permitirá que o Brasil exporte um volume perto de 9 milhões de toneladas neste ano", afirma o consultor Leonardo Sologuren. Segundo ele, o Brasil tem potencial para exportar mais que a Argentina, que no ciclo 2009/10 embarcará 15 milhões de toneladas, segundo o último relatório do departamento de agricultura americano (USDA).

Na avaliação do consultor, o Brasil tem produção suficiente para exportar, existe demanda no mercado pelo produto brasileiro, mas as condições logísticas impedem um avanço do país no cenário internacional. "Para tirar o milho de Mato Grosso e levar até o porto se paga mais pelo frete do que pelo produto. Enquanto esse problema não for solucionado precisaremos de ajuda do governo para exportar milho", afirma.

Ainda em Chicago, os preços da soja terminaram a quinta-feira em alta de 12 centavos de dólar (1%), com os contratos para janeiro valendo US$ 11,99 por bushel.

Fonte: Valor Econômico

Adicional de etanol na gasolina dos EUA gera dúvidas

A decisão da EPA (agência de proteção ambiental dos Estados Unidos) de permitir o aumento da mistura de 10% para 15% de etanol na gasolina do país deve demorar para ter consequências práticas.

O órgão anunciou anteontem que os proprietários de veículos fabricados a partir de 2007 poderão abastecer -não será obrigatório- com gasolina com o adicional de etanol.

Implementação do aumento de 10% para 15% na mistura do combustível esbarra em barreiras. técnicas Com a medida, esperava-se expandir em 50% a demanda de etanol nos EUA, mas há dúvidas sobre a possibilidade de chegar a esse número. A regulação do combustível muda de Estado para Estado e haveria necessidade de fazer esse ajuste.

Como a nova mistura vale apenas para os carros produzidos a partir de 2007, os postos teriam de instalar uma bomba própria para o combustível com 15% de etanol. Ainda que os proprietários de postos tenham disposição de arcar com os custos, a alteração deve demorar.

Preços

A adesão dos motoristas depende também da maior competitividade de preços nas bombas, que pode ser influenciada pelas oscilações na cotação de milho. Apesar das dúvidas em relação à medida, o setor ligado ao etanol de cana-de-açúcar comemorou a decisão.

"Era uma coisa completamente esperada. A decisão está mais de um ano atrasada", declarou o representante-chefe da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na América do Norte, Joel Velasco.

A nova demanda pelo etanol reforça a pressão dos brasileiros e da indústria alimentícia americana em relação aos produtores de milho, hoje principais fornecedores do combustível nos EUA.

Isso porque, com um acréscimo de cerca de 27 bilhões de litros por ano, a parcela da produção do milho do país destinado às bombas ultrapassaria os 40%. Esse nível impactaria a oferta do grão direcionada para ração de animais e aumentaria a conta de subsídios do governo para o etanol de milho -hoje, em cerca de US$ 6 bilhões ao ano.

Esses impactos negativos dariam força ao argumento do setor brasileiro contra a renovação de subsídios ao combustível americano, ainda neste ano. O etanol de milho conta com um incentivo de US$ 0,45 por galão (R$ 0,20 por litro) e o correspondente brasileiro enfrenta sobretaxa de US$ 0,54 por galão (R$ 0,25 por litro). "É um primeiro passo no rumo certo", aponta Velasco.

Fonte: Administradores.com.br - O Portal da Administração

terça-feira, 19 de outubro de 2010

EXPORTAÇÕES

As exportações do agronegócio realizadas nos últimos 12 meses bateram recorde histórico, informa o Ministério da Agricultura. Os embarques contabilizados entre outubro de 2009 e setembro de 2010 somaram US$ 72,3 bilhões, montante que supera em US$ 550 milhões o maior valor registrado em 2008, de US$ 71,8 bilhões. A avaliação é que, passada a crise financeira, a previsão é de que o recorde anual seja superado. Tendo como principais compradores de produtos brasileiros China, União Europeia, Estados Unidos e Rússia, as exportações do setor acabaram sendo beneficiadas pelos preços das commodities agrícolas e pecuárias, compensando assim a desvalorização do dólar frente ao real. Entre os produtos que mais contribuíram para o incremento das vendas externas estão café, carnes, cereais, sucos de frutas, fibras têxteis e os itens que formam o complexo soja. Por país importador, destacam-se Argélia (aumento de 337% no total exportado pelo Brasil), Egito (113,4%), Arábia Saudita (68%) e Irã (63%).

Fonte: O Globo
As boas margens projetadas para a nova safra nacional de grãos, fibras e cereais devem elevar a renda dos produtores, aumentar os investimentos no setor rural e reduzir o endividamento no campo. A quebra das safras do norte da Europa pela seca aliada a custos menores e subsídios do Governo Federal serão a “ponte” para atravessar um ano que se desenhava negativo em termos de preços e rentabilidade. O faturamento bruto do setor deve subir 1%, chegando próximo do recorde de 2008. “O cenário é positivo, mas depende de análises individuais”, explica o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz. “No Centro-Oeste, os mais capitalizados vão investir e os mais endividados vão pagar. No Sul, quem não for afetado pela seca fará o mesmo. Se perder até 15% ou 20%, o preço vai compensar eventual quebra”. No caso da soja, as margens médias projetadas por consultorias e bancos vão de 47% a 86% em Mato Grosso, e até 100% a 140% no Rio Grande do Sul. Para o milho, vão de 20% a 50% em Goiás a 30% a 55% no Paraná.


Fonte: Valor Econômico

Fundamentos são firmes, mas cenário econômico ainda pode provocar surpresas

A pausa que a soja fez para respirar nos primeiros dias de outubro foi curta e grossa. Depois de sentir a pressão de um movimento de realização de lucros relâmpago dos fundos de investimento, a oleaginosa negociada na Bolsa de Chicago voltou a ser alvo do capital especulativo e, na primeira quinzena do mês, já estava novamente operando com fortes ganhos, limite de alta e cotações na busca de US$ 12 por bushel, patamar psicológico que até chegou a ser alcançado na máxima do pregão noturno de sexta-feira (15), quando o novembro/10 bateu em US$ 1204,25. Tratou-se do maior valor para um contrato de primeira posição desde 13 de agosto de 2009, dia em que a soja iniciou um processo de perdas pesadas, provocadas pelas incertezas quanto à capacidade de recuperação da economia mundial. É do cenário econômico, aliás, que podem vir as maiores surpresas para as cotações da soja nos próximos dias, já que, no palco fundamental, o horizonte continua sem nuvens. Graças às sólidas exportações norte-americanas, ao apertado quadro de oferta e demanda nos EUA e às dúvidas quanto à atuação da La Niña nas lavouras da América do Sul.
AgRural

sábado, 21 de agosto de 2010

ALIMENTOS INFLUENCIAM QUEDA DA INFLAÇÃO EM AGOSTO

Os alimentos mais uma vez foram os maiores responsáveis pela queda da inflação. O Indice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de agosto divulgado, nesta sexta-feira (20), aponta que o grupo Alimentação e Bebidas apresentou recuo de 0,68% no período, puxando o índice para baixo. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 do mês teve variação de - 0,05%. Batata-inglesa (-22,06%), tomate (-21,89%), cebola (-9,26%) e hortaliças (-8%) registraram as maiores quedas. Os preços do feijão carioca, leite pasteurizado e do açúcar cristal também caíram no período. De acordo com o economista Flávio Godas, da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), esta época de temperaturas mais amenas e baixo volume de chuva é apropriada para a produção de hortaliças. Além do preço baixo, a qualidade desses alimentos também merece destaque, afirma. Segundo Godas, o tomate, a batata e a cebola, pelo grande volume e representatividade no mercado, foram os produtos mais comentados, porém há outras opções com preços mais atraentes para o consumidor, como alface, acelga, cenoura, berinjela, beterraba e rúcula. O Indice Ceagesp, que apura os preços no atacado, já apontava esta tendência favorável. As quedas acumuladas no setor de verduras já ultrapassam 30% em 2010, completa Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE coletou preços entre 14 de julho a 13 de agosto e comparou os valores com aqueles vigentes entre 15 de junho e 13 de julho. O indicador refere-se às famílias com rendimento até 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dia do Campo Limpo







AGRONEGÓCIO: MG TEM ALTO INDICE DE DEVOLUÇÃO DE EMBALAGENS DE AGROQUIMICOS

Em Pouso Alegre e região, no Sul de Minas, quase todas as embalagens de produtos agroquímicos, depois de utilizadas, são encaminhadas para processamento ou destruição. Para 2010 está previsto o recolhimento de 200 toneladas do material, informa a Associação dos Bataticultores do Sul de Minas (Abasmig), que responde pela administração da Central de Recebimento de Embalagens vazias de Defensivos Agrícolas, criada há dez anos. Para comemorar os resultados alcançados pela central, a Abasmig realizou um evento que teve a participação do secretário da Agricultura, Gilman Viana Rodrigues. A solenidade fez parte da Celebração do Campo Limpo, realizada em todo o país no dia 18 de agosto para estimular as práticas de sustentabilidade na agricultura. Um dos destaques da programação em Pouso Alegre foi a entrega de placas de reconhecimento a produtores mineiros ou empresas que compareceram com maior quantidade de embalagens utilizadas. Em seu pronunciamento, o secretário Gilman Viana explicou que a busca da sustentabilidade deve fazer parte da vida de cada um. Segundo Viana, a evolução do mundo mostra que as demandas de hoje são iguais às de ontem, acrescidas dos problemas de hoje, e o conhecimento é que proporciona meios para continuarmos produzindo e preservando a vida. Unidade pioneira - O programa de resgate das embalagens utilizadas de agroquímicos conta com a participação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Emater-MG, vinculados à Secretaria da Agricultura. De acordo com o secretário executivo da Abasmig, José Daniel Rodrigues Ribeiro, depois da criação da central de coletas de Pouso Alegre, que marcou o início dos trabalhos em Minas, foram instaladas mais dez unidades semelhantes no Estado. Nessas unidades é feita a seleção e prensagem de embalagens procedentes de 80 pontos de recolhimento espalhados pelo Estado. Seis pontos estão localizados na região abrangida pela Abasmig, acrescentou. José Daniel explicou que os produtores de municípios não dotados de pontos de coleta podem colocar as embalagens usadas na própria central de recepção de Pouso Alegre para serem integradas ao lote destinado a processamento. Há processadoras em diversos Estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo, e cada uma trabalha com material específico, predominando o papelão, plástico e aço. Segundo o secretario executivo, as embalagens que não possibilitam lavagem são encaminhadas para uma unidade incineradora de São Paulo. De acordo com José Daniel, o recolhimento de embalagens do Brasil tem demonstrado mais eficiência do que os programas com a mesma finalidade existentes nos outros países. A quantidade de embalagens recolhida anualmente pelos produtores brasileiros é superior a 30 mil toneladas, volume 10% maior que o registrado no resto do mundo. Em Pouso Alegre e região, o índice de devolução alcança 95%, enfatizou. O gerente de Desenvolvimento Tecnológico e Destinação Final de Embalagens do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), Ricardo Dellinguini, confirmou a avaliação da Abasmig. A tecnologia brasileira de resgate de embalagens de agroquímicos é reconhecida entre trinta países que adotam a mesma política, informou. As informações partem da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais.

http://www.bradescorural.com.br/site/

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Terra de Gigantes em Uberaba = SUCESSO DE PÚBLICO

O Road Show da Syngenta já passou por Uberaba - MG e deixou grandes marcas por lá, com o público total de 297 pessoas sendo 112 produtores, a unidade da Casa da Lavoura de Uberaba mostrou que é uma GIGANTE!
Para conferir quem esteve por lá e também conhecer um pouco mais do envento, acesse: http://www.agitouberaba.com.br/coberturas/terra-de-gigantes/2290

terça-feira, 17 de agosto de 2010

TERRA DE GIGANTES



Desde do dia 19 de julho, a área de Seed Care da Syngenta deu início a um grande Road Show intitulado Terra de Gigantes, que já percorreu mais de 40 cidades brasileiras. O projeto segue até 20 de agosto e tem como público-alvo produtores, influenciadores, clientes OTO e distribuidores que lidam diretamente com as culturas de soja e milho. Com a iniciativa, a empresa pretende alcançar 10 mil agricultores e levar até o mercado as suas duas grandes tecnologias, Cruiser e AvictaCompleto – ambas direcionadas para o tratamento de sementes. “Essa é a nossa hora”, afirmou entusiasmado André Savino, gerente de negócios Seed Care Brasil.


Segundo Savino, a Syngenta fez um investimento grande na área de Seed Care – considerado como um importante pilar da empresa -, e com o Terra de Gigantes, a companhia espera gerar demandas no campo. “Para alcançar os nossos objetivos, precisaremos muito do engajamento de toda nossa força de vendas”, reforçou o gerente. Para atingir suas metas, a corporação conta com um time de profissionais especializados, os Representantes Técnicos de Vendas, que devem disseminar o novo posicionamento para pragas de Cruiser (milho e soja) e capitalizar o já existente awareness da oportunidade em soja “nematoide” e construir o mesmo para milho.
“Para a ação, preparamos uma carreta onde será mostrada a linha Cruiser e AvictaCompleto, valorizando a marca do produto e deixando um residual muito mais forte nos agricultores”, explicou André. Na entrada do veículo, um manequim com equipamentos de segurança terá, no lugar da cabeça, um monitor de LCD, em que um rosto virtual explicará as normas de EPI. Ao adentrar no circuito Terra de Gigante, o visitante se deparará com uma recepcionista virtual que o convidará para conhecer os melhores produtos para sua cultura. Um rápido VT Institucional contará a história da Syngenta para que todos conheçam sua força e potencial. O aspecto socioambiental também deve ser destacado.
Dia 17 de agosto, hoje, o evento estará passando em UBERABA-MG, não deixe de conhecer e conferir o show tecnológico que a Syngenta e a Casa da Lavoura preparou!
Confirme sua presença nas nossas filiais e não fique de fora!


USDA


As revisões promovidas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em suas estimativas para a oferta e a demanda de soja, milho e trigo nos Estados Unidos e no mundo resultaram em forte valorização das três commodities na semana passada na Bolsa de Chicago. Com os ganhos, as quedas acumuladas de soja e milho em 2010 naquele mercado foram praticamente zeradas, enquanto a alta do trigo já se aproxima de 35%. No caso do trigo, o salto observado era uma “barbada’. Sobretudo em consequência da severa estiagem na Rússia e em países vizinhos, o USDA reduziu sua projeção para a produção mundial do cereal, que está em desenvolvimento no Hemisfério Norte, para 645,73 milhões de toneladas. O volume é quase 35 milhões de toneladas mais magro que o total colhido em 2009/10. Com os problemas do trigo, analistas esperavam que o USDA fosse elevar ainda mais sua previsão para a demanda global de milho, já que em países europeus o segundo semestre comumente substitui o primeiro na fabricação de rações.



Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Está chegando TERRA DE GIGANTES

Está chegando, dia 17 de agosto, TERRA DE GIGANTES em Uberaba-MG!
Venha conferir novas tecnologias e inovações para a sua lavoura. Não fique de fora, passe nas unidades da Casa da Lavoura e pegue hoje o seu convite!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

TERRA DE GIGANTES



O QUE É?!
É uma ação itinerante da Syngenta direcionada a clientes, distribuidores e produtores pertencentes aos mercados de milho e algodão, no Brasil. O objetivo é promover tecnologia de tratamento de sementes.
Neste ano, os produtos foco são: Cruiser e Avicta Completo que serão ao longo da jornada orientados quanto aos manuseios mais adequados dentro de suas respectivas culturas, incluindo todo o ciclo de operações agrícolas, ou seja, desde a aplicação dos produtos no plantio até a comercialização dos mesmos.
Convites disponíveis nas unidades da Casa da Lavoura, procure a mais próxima e não fique de fora!
VENHA SER UM GIGANTE

TERRA DE GIGANTES - 17 DE AGOSTO EM UBERABA-MG



Local : Salão de Eventos Maison Blanche
Endereço : Av. Leopoldino de Oliveira, 4619/4675
Setor Centro, Uberaba - MG
Horário: 19h 30min

terça-feira, 3 de agosto de 2010

FEIJÃO: ÁREA PLANTADA NO PARANÁ DEVERÁ CRESCER 4,3% - DERAL

A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná concluiu a primeira estimativa de plantio e produção do feijão das águas da safra 2010/2011. A pesquisa de campo, realizada pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), aponta uma tendência de crescimento de 4,3% na área plantada e de 14,3% na produção, se forem mantidas as boas condições de clima durante todo o desenvolvimento da cultura até dezembro, quando inicia a colheita do grão. Segundo o secretário Erikson Camargo Chandoha, o agricultor está estimulado em função das vendas aquecidas do produto e também pela intervenção do governo federal que tem comprado principalmente o feijão preto para elevar as cotações do grão, próximas ao preço mínimo de garantia que é de R$ 80,00 a saca. São cerca de 200 mil produtores de feijão em todo o Paraná, que estão sendo beneficiados com a sustentação nos preços no mercado, promovida entre vários fatores, pela política de compras diretas - Programa de Aquisição de Alimentos - do governo federal. Vendas aquecidas - Além da política social, que ajuda a sustentar o mercado, Chandoha lembrou também que as vendas de feijão estão aquecidas em função da emergência das classes D e E ao mercado de consumo, que tendem a comprar mais produtos da cesta básica. A área plantada com feijão na safra de verão 2010/11 deve avançar para 334.030 hectares, um aumento de 4,3% em relação à área ocupada no mesmo período do ano passado que atingiu 320.122 hectares. Cerca de 72% da produção de feijão no Paraná concentra-se na região Centro-Sul do Estado. A produção deve atingir 556.700 toneladas, um aumento de 14,3% no volume em comparação com a safra passada, que totalizou 487.055 toneladas durante o período das águas. Os primeiros plantios de feijão da safra de verão 2010/11 estão iniciando agora na região de Capanema, extremo Sudoeste do Paraná, devendo se intensificar em outras regiões do Estado a partir deste mês de agosto. No final deste mês, o Deral vai divulgar a primeira intenção de plantio para os demais grãos de verão plantados durante a safra de verão no Paraná, especialmente milho e soja.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Europa usa milho transgênico como moeda para obter trigo

Os leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para o milho brasileiro podem ganhar novo impulso com a decisão da União Europeia (UE) de abrir seu mercado para o grão transgênico. No entanto, o maior beneficiado com a medida deve ser os EUA, que têm a chance de aumentar os embarques para o bloco.O mercado nacional entendeu a medida da UE como política de boa vizinhança. De acordo com Aedson Pereira, analista de mercado da AgraFNP, a Europa abriu o comércio transgênico de milho por estar de olho no trigo internacional. "A região terá quebra de safra do cereal, assim como a Rússia, o Canadá e a Austrália. Tanto que a cotação do trigo já subiu 5%", diz Pereira, lembrando que trata-se no maior ganho percentual mensal em julho desde, pelo menos, 1959.Nos Estados Unidos, o volume de milho geneticamente modificado responde por 90% da produção interna. "Para a Argentina, a Europa também é um mercado atrativo", afirma o analista.De acordo com a assessoria de comunicação da Monsanto, que teve duas de suas variedades de milho transgênico liberadas pela Comissão Europeia, os cultivares ainda não chegaram ao Brasil. A assessoria também informou que as tecnologias existem apenas nos EUA e estão à frente da segunda geração de milho, recentemente lançada no País.Para Odacir Klein, representante coorporativo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), a União Europeia liberou o milho geneticamente modificado por falta de opção. "A decisão foi um avanço, e uma adaptação às condições de mercado", afirma.Por outro lado, de acordo com Pereira, a decisão da Europa também deve favorecer o escoamento da safra de milho brasileiro.A comercialização do grão nacional é realizada hoje quase totalmente por meio do PEP, intermediado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "A medida dos europeus abre caminho para que outras variedades sejam importadas, mas os destinos para o milho nacional serão os mesmos", diz o analista, considerando a possibilidade de os europeus também comprarem o produto brasileiro. "Eles (Europa) devem até comprar alguma coisa nossa, mas o montante não será significativo", diz.Segundo o analista, 90% dos leilões da Conab destinam o milho para exportação. Dados da AgraFNP mostram que 80% do milho exportado pelo Brasil vai para Irã, Arábia Saudita, Malásia, Marrocos e Coreia do Sul. "As exportações brasileiras não são focadas na Europa, e sim no Oriente Médio e países árabes", diz.Estatística da AgraFNP aponta que, de janeiro a junho de 2010, o Brasil já enviou 611,9 mil toneladas de milho para o Irã, 248,4 mil toneladas para o Japão, 215,9 mil toneladas para Taiwan e 196,4 mil toneladas para Marrocos. A Arábia Saudita comprou 76 mil toneladas e a Coreia do Sul, por enquanto, 52,6 mil toneladas.A AgraFNP estima, ainda, que o Brasil deve embarcar sete milhões de toneladas de milho até o fim do ano. "O milho transgênico no Brasil ainda está em processo de adaptação, principalmente na safrinha", comenta, lembrando que, para esta temporada, 20% da safra nacional será de milho modificado. "Como a produtividade do milho geneticamente modificado foi positiva, a tendência é que produtor brasileiro cultive cada vez mais variedades". No entanto, Klein, da Abramilho, aposta em 50% da safra de milho nacional transgênico.Para o analista, a medida pode ainda provocar um aumento nas cotações do grão norte-americano e refletir no Brasil. "As cotações externas podem se fortalecer. Como os traders têm participação nos leilões, os preços aqui podem se tornar mais atrativos".Cenário AtualO último levantamento feito pela Conab registrou, para a primeira safra (verão), 2009/2010, uma produção de pouco mais de 34 milhões de toneladas de milho, 1,2% maior do que foi colhido na safra anterior. A safrinha deve render 19,4 milhões de toneladas. Para a Conab, a retração na safra de verão se deve a grande oferta do produto no mercado e aos preços praticados abaixo do mínimo estipulado pelo governo federal.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

MILHO: CONAB OFERTA LEILÃO DE PEP DE 2,030 MI DE T NA PRÓXIMA QUINTA

Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) oferta 2,030 milhões de toneladas (t) em leilão de milho de aviso 187 de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) na próxima quinta-feira (05/08). O produto não poderá ter como destino final os Estados que compõem as Regiões Sul, Sudeste (exceto norte de Minas Gerais e os Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, para onde o escoamento será permitido) e Centro Oeste, e os Estados da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins. Poderão participar do leilão avicultores, suinocultores, bovinocultores de leite, cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos de leite, indústria de ração para avicultura e suinocultura e indústrias de alimentação humana. A oferta está dividida em 14 lotes. O primeiro lote encontra-se em Goiás Região 1, tem prêmio máximo de R$ 0,090 o quilo e contém 190 mil t. O segundo lote encontra-se em Goiás Região 2 e Distrito Federal, possui prêmio máximo de R$ 0,082 o quilo e constitui 90 mil t. O terceiro lote encontra-se em Minas Gerais, tem prêmio máximo de R$ 0,077 o quilo e possui 120 mil t. O quarto lote encontra-se em Mato Grosso do Sul Região 1, possui prêmio máximo de R$ 0,092 o quilo e contém 40 mil t. O quinto lote está em Mato Grosso do Sul Região 2, possui prêmio máximo de R$ 0,077 o quilo e constitui 120 mil t. O sexto lote encontra-se em Mato Grosso Região 1, tem prêmio máximo de R$ 0,114 o quilo e possui 350 mil t. O sétimo lote encontra-se em Mato Grosso Região 2, tem prêmio máximo de R$ 0,104 o quilo e contém 250 mil t . O oitavo lote encontra-se em Mato Grosso Região 3, possui prêmio máximo de R$ 0,084 o quilo e constitui 140 mil t. O nono lote encontra-se em Mato Grosso Região 4, tem prêmio máximo de R$ 0,094 o quilo e possui 200 mil t. O décimo lote encontra-se em Mato Grosso Região 5, possui prêmio máximo de R$ 0,084 o quilo e contém 10 mil t. O décimo primeiro lote encontra-se em Mato Grosso Região 6, tem prêmio máximo de R$ 0,059 o quilo e possui 250 mil t. O décimo segundo lote encontra-se em Paraná Região 1, possui prêmio máximo de R$ 0,062 o quilo e contém 200 mil t. O décimo terceiro lote encontra-se em Paraná Região 2, tem prêmio máximo de R$ 0,042 o quilo e possui 40 mil t. O décimo quarto lote encontra-se em Rondônia, tem prêmio máximo de R$ 0,086 o quilo e constitui 30 mil t. A data limite para o pagamento do produto é de 6 de setembro, e a data limite para comprovação da operação é dia 15 de março de 2011. O pagamento será realizado individualmente por DCO, no mínimo pelo Preço Mínimo, de R$ 0,233/kg para produto do Estado de Mato Grosso e Rondônia, R$ 0,291/kg para o Distrito Federal e para os Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Definições da safra norte-americana


A última semana de julho começou com bom volume de chuvas no cinturão de produção dos EUA. A previsão da meteorologia norte-americana, por sua vez, fala em temperaturas amenas para o começo de agosto no coração dos estados do Meio-Oeste. Essa combinação resultou em baixas consideráveis nas cotações da soja negociada na Bolsa de Chicago no pregão da segunda-feira (26). Nos campos, as lavouras da oleaginosa estão em ótima forma, como mostrou o relatório de acompanhamento de safra do USDA.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Na sexta-feira passada (09), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou o seu relatório de oferta e demanda mundial do mês de julho. No frigir dos ovos, as poucas alterações que o órgão mostrou traçaram um cenário um tanto quanto baixista para a oleaginosa. Além de não ter cortado os estoques do ciclo 2009/10 na proporção que o mercado esperava, o órgão manteve os estoques da temporada 2010/11 e estimou uma produção de mais de 90 milhões de toneladas na safra que está sendo cultivada nos EUA. Apesar desses números, a cotação da soja na Bolsa de Chicago teve uma semana de ganhos, avançando com força, mais precisamente, 6,5%, a maior alta semanal deste ano. A explicação para a disparada está no mercado climático. Um mercado climático que, nesse ano, vem “temperado” com a agora confirmada ocorrência da La Niña. O fenômeno meteorológico, marcado por um regime de pouca água e altas temperaturas, ainda não chegou às lavouras de soja do Meio-Oeste norte-americano, mas já mostrou a que veio.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Safra de grãos mantém produção recorde

A safra de grãos no Brasil, ciclo 2009/2010, foi estimada, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 146,75 milhões de toneladas. O 10º levantamento aponta colheita recorde de 8,6% a mais que as 135,13 milhões t da última safra. Com relação ao levantamento de junho (146,92 milhões t), houve redução de 168,4 mil t. O motivo é a correção na área de plantio e na produtividade do feijão terceira safra, afetado pelo clima, no estado da Bahia.
Ainda assim, o quadro geral registra boa produtividade do milho primeira e segunda safras em alguns estados do Centro-Sul.
A soja deve alcançar 68,7 milhões t, 20,2% ou 11,5 milhões t a mais que na safra anterior. Para o milho segunda safra, o crescimento previsto é de 11,9%, com um total de 19,41 milhões t. A produção total do cereal deverá atingir 53,46 milhões t, somadas a primeira e a segunda safras, com ganho de 4,8% em relação ao período passado.
A colheita do milho primeira safra, no País, está quase no final, enquanto o de segunda safra está em cerca de 30%. Já o feijão primeira safra foi todo colhido, o de segunda está com 85% e o de terceira com 35 %. No caso do arroz, o produto já atinge 98% da colheita.
Área - O total de área plantada é de 47,34 milhões de hectares, inferior em 0,7% (338,9 mil ha) à safra 2008/2009. O milho segunda safra registrou aumento de 3,9% (188,8 mil ha), passando de 4,9 milhões para 5,1milhões de ha. A soja também teve elevação de área de 7,4% (1,6 milhão ha). A área do algodão aumentou 3,3 mil ha, saindo de 843,2 mil ha, no último período, para 846,5 mil ha.
A área total de milho deve chegar a 12,94 milhões de ha, com redução de 8,7% sobre o último período (14,17 milhões de ha). Outros grãos não tiveram o mesmo desempenho, como o arroz (- 139,6 mil ha), o milho primeira safra (-1,42 milhão ha) e o feijão segunda safra (- 415 mil ha).

terça-feira, 13 de julho de 2010

Rossi apresenta “plano safra verde” ao Parlamento Europeu

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, apresentou ao presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, deputado Paolo de Castro, um convite para que o parlamentar italiano visite o Brasil nos próximos meses. Ele não apenas confirmou que irá ao país, como também disse que quer ajudar as autoridades brasileiras a melhorar sua relação com a União Europeia.
A iniciativa do ministro tem como objetivo ampliar as negociações para a maior abertura da Europa às exportações brasileiras de produtos agrícolas, como etanol e carne bovina. “Queremos dar as informações necessárias para ampliar o grau de conhecimento sobre o Brasil na Europa”, disse o ministro, à saída do encontro, ocorrido na sede do Parlamento Europeu em Bruxelas.
Rossi teve um encontro com o deputado no final da tarde desta segunda-feira (12). Ele foi apresentar a Castro as medidas adotadas pelo governo brasileiro no último Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, lançado em junho passado, e como o País está promovendo uma “revolução de resultados” em sua produção agrícola.
O ministro relatou que o Brasil vem, reiteradamente, nos últimos anos, quebrando recorde na produção de grãos e alimentos. “E vimos fazendo isso ao mesmo tempo em que mantemos praticamente a mesma área de cultivo. O Brasil amplia sua produção de alimentos de maneira produtiva”, comentou.
Rossi lembrou ao parlamentar os esforços do governo brasileiro para garantir mais comida na mesa dos brasileiros e dos povos de outros países, enquanto preserva o seu meio ambiente. “Eu falei um pouco do que vimos fazendo no Norte, com o projeto Boi Guardião, que impede os pecuaristas de promover desmatamentos sob o risco de não poder comercializar carne bovina”, disse.
Por último, o ministro da Agricultura explicou as medidas que foram tomadas recentemente pelo governo brasileiro para garantir recursos para as boas práticas agronômicas. Ele explicou como o governo federal destinou R$ 2 bilhões no Plano Agrícola para o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que vai incentivar processos que neutralizem ou minimizem os efeitos dos gases de efeito estufa. A ideia é difundir uma nova agricultura sustentável para redução do aquecimento global, a ser adotada pelos agricultores nos próximos anos.
Além dos recursos do ABC, o governo prevê outras linhas de financiamento para projetos de produção sustentável no campo: o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora). “O Brasil caminha para mudar radicalmente sua produção no campo, dando exemplo para o mundo de como é possível produzir alimentos e preservar o meio ambiente”, concluiu Rossi.
www.agricultura.gov.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Barrinha de sorgo: opção para alimentação humana

No Brasil, principalmente por questões culturais, o uso do sorgo na alimentação humana ainda não é muito comum. Em outros países, como, por exemplo, na África e na Ásia, o cereal vem sendo utilizado com essa finalidade há muito mais tempo. Para incentivar sua introdução na dieta alimentar dos brasileiros, a Embrapa vem divulgando técnicas para a fabricação de alimentos à base de sorgo, tais como farinhas, pães, bolos e, mais recentemente, na composição das conhecidas barrinhas de cereais.
O sorgo, originário da África Equatorial, é o quinto cereal mais importante do mundo, superado apenas pelo arroz, milho, trigo e cevada. Além de apresentar custo menor de produção tem como vantagem maior tolerância à seca do que o milho, sendo capaz de produzir tanto em condições mais áridas quanto em condições tropicais.
Para fazer a barrinha de cereais são utilizados grãos integrais de sorgo. Além de ter um sabor agradável ao paladar, a barrinha de sorgo é um alimento nutritivo. “Temos apostado no incentivo ao uso do sorgo na alimentação humana no Brasil devido, principalmente, às importantes substâncias antioxidantes que têm sido descobertas sobre esse cereal”, explica a pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Valéria Aparecida Vieira Queiroz.
O valor nutricional do sorgo é muito semelhante ao do milho em termos de proteína, gordura e carboidratos. Mas ele apresenta um diferencial. “O sorgo possui alguns compostos, chamados bioativos, que são muito importantes para a saúde humana. Eles ajudam a evitar o câncer e algumas doenças crônicas”, detalha a pesquisadora. A barrinha de cereal é feita a partir da pipoca do sorgo, o que permite a utilização do grão em sua forma integral, mais rica em fibra e nos compostos bioativos que auxiliam a saúde humana.
Durante o programa, Valéria Queiroz explica como a barrinha de cereal à base de sorgo pode ser fabricada e ainda traz informações sobre o teste sensorial que foi feito para avaliar a aceitação do produto por consumidores em potencial.
O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.