quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Novas técnicas dobram produtividade da soja em lavouras brasileiras

Um experimento realizado com 1.185 produtores de soja em áreas de até 10 hectares conseguiu atingir produtividade do grão de quase o dobro da média nacional.
Valor Econômico


Um experimento realizado com 1.185 produtores de soja em áreas de até 10 hectares conseguiu atingir produtividade do grão de quase o dobro da média nacional. A maior colheita foi de 100 sacas por hectare, contra 52 da média no país. O desempenho foi alcançado pelos participantes da 2ª edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade Safra 2010/2011, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) e que tem a Embrapa como parceira.

Foram premiados seis produtores de soja em três categorias: Sul, Sudeste e Cerrados. Os participantes desenvolveram técnicas novas para ampliar a colheita por hectare. As descobertas serão aproveitadas e disseminadas no futuro.

O evento foi elogiado apesar da queda de produção do vencedor em relação ao ano passado, quando o primeiro lugar colheu 108 sacas por hectare. "Houve uma queda na produção principalmente em relação às condições climáticas deste ano. No entanto, já era de se esperar", diz o Engenheiro Agrônomo e Pesquisador de Fisiologia, Luis Antonio Fancelli. "Várias técnicas diferentes surgiram, por exemplo, a semeadura cruzada, diferente do padrão em linha. Temos discutido que o importante é apurar a técnica, sem imitar os resultados anteriores", diz Fancelli.

O CESB desenvolveu um desafio em que participantes teriam que plantar de 5 a 10 hectares em suas propriedades com técnicas que gerassem aumento de produção. O CESB estabeleceu uma meta para o país para "desafiar" os produtores: 66 sacas por hectare. "Se levarmos em conta essa meta e a produção atual de 52 sacas vemos que é um número factível", diz o diretor de marketing do CESB, Nilson Caldas.

A Embrapa é a responsável por testar os métodos mais usados e certificar os melhores. "São várias tecnologias usadas. Nós avaliamos quais foram os mais adotados e testamos em campos experimentais. Desde o ano passado já estamos usando alguns fatores de produção e essas descobertas vão voltar ao produtor em forma de tecnologia validada", disse Sebastião Neto, pesquisador da Embrapa Cerrados.

Em pesquisas com os principais métodos usados, descobriu-se que vários são recorrentes. O uso de fertilizantes, novos arranjos de plantio e uso forte da genética. "Um resultado meio óbvio foi o uso de fertilizantes em doses proporcionais à área plantada. A produção depende dos nutrientes. Quanto mais nutrientes mais a planta responde em termos de produtividade. A genética também se mostrou muito importante no processo. O ideal é uma junção de várias características genéticas: de crescimento e resistência às pragas", diz.

Cultivo de sorgo é alternativa para alta expressiva do milho

A cultura do sorgo, até pouco tempo não tão difundida entre as propriedades rurais, ganha força entre os produtores que apostam no plantio do grão em substituição ao milho. Embora a fonte energética das rações normalmente seja o milho, o sorgo geralmente apresenta preço inferior. Portanto, se torna uma alternativa tanto para o produtor que quer diminuir seus riscos na safrinha de milho quanto para a indústria que consegue reduzir seus custos, já que consegue comprar o produto a um valor menor.

Segundo Flávio Faedo, presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEG, os preços da saca de 60 kg do sorgo em Goiás giram em torno de R$ 18, valores entre 15 a 20% menores que o milho. Um outro fator que torna o sorgo um ingrediente energético alternativo ao grão é seu valor nutricional, com 3% a menos de valor energético e 1% de proteína superior ao milho. Além disso, Faedo afirma que, com a variedade precoce da soja, a tendência é mesmo de que haja maior cultivo do sorgo.

Fonte: Notícias Agrícolas

Análise do Feijão





Feijão: Em São Paulo houve oferta de apenas 9.500 sacas com sobra de 3.500
Correpar/Notícias Agrícolas

Feijão Carioca - Nesta madrugada na bolsinha de São Paulo houve oferta de apenas 9.500 sacas com sobras por volta de 8 horas de 3.500 sacas. Preços de referencia: R$ 130 para nota 9,5; R$115,00 para nota 8,5 e R$105,00 para nota 8.

Feijão Preto - Referência posto Sã Paulo vendedores pedindo R$ 85 e recebendo contra oferta de R$ 80 em São Paulo
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sábado, 4 de junho de 2011

ALTA NO PIB SE DEVE A MAIOR PRODUTIVIDADE NO CAMPO



O crescimento de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no primeiro trimestre deste ano é resultado do bom desempenho da safra 2010/2011 de grãos e fibras, que deverá atingir 159 milhões de toneladas. De acordo com avaliação da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, os bons resultados do PIB foram possíveis em função da melhoria de produtividade no campo, que superou os 2,9%, aumentando o rendimento de 3.148 para 3.239 quilos por hectare na safra. O aumento de área plantada, de 47,4 para 49,2 milhões de hectares, foi puxado pela cultura do algodão. "Nos últimos anos, construímos a maior e melhor agricultura, o que foi possível com o investimento em tecnologia que garantiu a formação de uma poupança verde no campo", afirmou. De acordo com a presidente da CNA , a incorporação de tecnologias voltadas para o campo permitiu o aumento de 228% na produção de grãos entre 1976 e 2011. Nesse período, a produtividade das lavouras cresceu 151%. O crescimento da área plantada foi muito menor: 31%. "Sem o uso de tecnologia, seria preciso ocupar 108 milhões de hectares, e não os atuais 49,2 milhões de hectares, para se obter a mesma produção, o que preservou áreas que seriam desmatadas para possibilitar esta expansão", completou. Estimativas divulgadas hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o PIB da economia brasileira subiu 1,3% em relação ao último trimestre de 2010, crescimento liderado pela agropecuária, atividade que mais cresceu no acumulado dos três primeiros meses de 2011. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIB da agropecuária teve aumento de 3,1% em igual período de 2011. "Esse patrimônio é do Brasil", afirmou a presidente da CNA , ao lembrar que "as áreas de produção abertas nos últimos anos pelos produtores rurais foram transformadas em arroz, feijão, milho, soja, carne PIB, empregos e exportação". Segundo avaliação da Superintendência Técnica da CNA , a taxa de crescimento do PIB, apurada pelo IBGE, registra somente o aumento da produção e a metodologia considera apenas a produção e os preços constantes, ou seja, os mesmos de 2010. Assim, a expectativa é que os próximos números do IBGE indiquem crescimento ainda maior da atividade agropecuária, pois a estimativa trará o resultado final da safra de grãos e o início do período de recuperação de preços, além do aumento da produção e dos preços da pecuária. A estimativa é que o PIB da agropecuária feche o ano de 2011 com crescimento de cerca de 9%. As informações são da assessoria de comunicação da CNA.

Novo virus em feijão

O Bean necrotic mosaic vírus causa necroses nas plantações de feijões e não é nocivo a saúde humana, mas a possibilidade de provocar queda de produtividade preocupa especialistas. Novos estudos vão verificar se praga ataca também a soja.












A observação de um professor experiente e a insistência de um pesquisador novato foram responsáveis por uma nova descoberta na área da Biologia. Athos de Oliveira identificou um novo vírus no feijão a partir de uma amostra encaminhada à Universidade de Brasília (UnB) pelo professor aposentado do Instituto de Ciências Biológicas, Elliot Kitajima, atualmente na Universidade de São Paulo (USP).

O Bean necrotic mosaic vírus é do gênero tospovírus, que geralmente ataca hortaliças e causa necroses em plantas. Embora algumas espécies causem verdadeiros prejuízos às plantações, como o tomate, por exemplo, o novo vírus ainda não mostrou esse poder. Mas a possibilidade de uma queda de produtividade em conseqüência da infecção pelo vírus preocupa os pesquisadores. O Brasil é o maior produtor mundial de feijões, embora não seja líder de exportação do produto.

Athos sequenciou o genoma do novo vírus e comparou com outros do mesmo grupo. O resultado mostrou que ele é geneticamente distante de todos os outros do gênero. "Em geral, esse grupo não infecta feijões de forma sistêmica, e é por isso que ele realmente é muito distinto", explica Athos, autor da dissertação Bean necrotic mosaic vírus: um novo e distinto tospovírus brasileiro, defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia Molecular da UnB.

Athos e os especialistas envolvidos no estudo acreditam que o vírus é transmitido pelo inseto tripes, responsável pela transmissão de todos os vírus desse gênero. "Esse inseto é o vetor que carrega os vírus do gênero tospovírus", explica Athos. O que preocupa os pesquisadores é a possibilidade de que o Bean necrotic mosaic vírus atinja também as plantações de soja. "Se infecta o feijão, pode infectar também a soja", afirma o Renato Resende, orientador do estudo, que dará início ainda este ano a estudos em laboratório para verificar como a soja reage ao novo vírus. "É importante ressaltar que vírus que infectam plantas não são nocivos à saúde humana, mas, sim, à saúde vegetal", lembra Athos.

O Bean necrotic mosaic vírus foi encontrado em Piracicaba, São Paulo, numa plantação de 200 m², no campus universitário da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. "Esse fenômeno é estudado desde 2006 pelo professor de fitopatologia da Esalq Elliot Kitajima", conta o pesquisador Athos de Oliveira.

Foi o professor Kitajima que observou na plantação as lesões necróticas, que denunciam sintomas de infecção por tospovírus. Kitajima fez a primeira análise de folhas infectadas utilizando a microscopia eletrônica para tentar identificar partículas virais. A partir desse exame, ele supôs que o vírus pertencia ao gênero tospovírus por conta da composição morfológica das partículas analisadas. "O vírus foi visto em uma plantação pela primeira vez na década de 60 no Instituto Agronômico (IAC) de Campinas (SP) pelo professor Álvaro Santos Costa", conta Kitajima. Só que até então não havia sido estudado com profundidade.

Kitajima enviou algumas amostras da planta para o orientador da pesquisa. Foi assim que Athos comprovou, com experimentos sorológicos e moleculares, que o vírus realmente faz parte do gênero tospovírus. O Bean necrotic mosaic vírus não é semelhante a nenhum outro vírus pertencente ao mesmo gênero.

O professor aposentado alerta que embora esse vírus não tenha importância econômica, pode ocorrer um crescimento populacional do inseto tripes. "Aconteceu um problema grave com plantações de feijão quando aumentou a presença da mosca branca", lembra o professor, referindo-se a uma outra praga. Para impedir a contaminação algumas providências podem ser tomadas pelos agrônomos como plantar milho ao redor da plantação de feijão para dificultar o caminho do tripes. Outra saída é entender o ciclo do vírus e tentar fazer um controle do vetor ou também procurar plantar espécies resistentes ao vírus. "Tudo isso ainda precisa ser estudado", ressalta Kitajima.

BATISMO

Para entender quem seriam os possíveis hospedeiros, Athos fez testes de sintomatologia e espectro de hospedeiros. O resultado mostrou que das 20 plantas que entraram em contato com o vírus por inoculação mecânica, apenas três apresentaram algum sintoma, como, por exemplo, o nanismo.

O próximo passo foi purificar o vírus para fazer os estudos sorológicos necessários para detectar a presença do vírus em outras plantas. E também para a comparação entre as proteínas dos vírus. Athos injetou o vírus em um coelho para induzir a produção de anticorpos contra o vírus. Foram três aplicações do vírus a cada 15 dias. "Infectei outras plantas e verifiquei que o anticorpo estava funcionando", disse. Na etapa seguinte, ele comparou o novo vírus com outros do mesmo grupo para identificar as diferenças entre eles.

O nome do novo vírus é composto pelo nome do hospedeiro do vírus, o feijão (em inglês bean), e depois pelos sintomas que causa na plantação, o mosaico necrótico (necrotic mosaic). Para registrar a novidade é preciso submeter um artigo a uma revista científica e depositar o genoma sequenciado no banco de dados GenBank. O nome precisa passar ainda pelo Comitê Internacional de Taxonomia de vírus. "Especialistas do mundo inteiro analisam a nomenclatura. Esse comitê julga todos os vírus de plantas e animais", explica Renato Resende, que participa do comitê.

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EUA: mesmo com alta, 40% do milho ainda será destinado a etanol

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA não pretende alterar a sua posição sobre os biocombustíveis, apesar de os preços do milho terem subido para níveis sem precedentes, disse nesta terça-feira a diretora do órgão, Lisa Jackson. Cerca de 40% da safra de milho dos EUA é usada para produção de etanol e os críticos dizem que essa situação eleva os custos dos alimentos e das matérias-primas para ração animal.

Os futuros do milho na bolsa de Chicago quase duplicaram de valor em relação há um ano e as reservas do cereal estão nos menores níveis desde a década de 1930. A EPA e o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estão monitorando os preços do milho, disse Jackson, que recentemente visitou usinas de etanol na região central dos EUA. Ela, no entanto, não vê a produção de biocombustíveis como fator principal para a alta dos preços.

Este ano, a EPA aprovou o uso de misturas de até 15% de etanol na gasolina para carros novos, um aumento da proporção anterior de 10%. O USDA projetou que 5 bilhões de bushels de milho serão usados na produção de etanol no ano findo em 31 de agosto. O mandato do governo para biocombustíveis requer a produção de 12,5 bilhões de galões de etanol neste ano, mas estima-se que esta meta seja ultrapassada em cerca de 10%.

Fonte: AgroNotícias

Queda nos preços da soja e do milho interfere na venda da safra de verão

A safrinha plantada na fazenda do agricultor Modesto Daga servirá apenas para silagem, mas ele ainda tem estocado milho da safra de verão. O agricultor parcelou as vendas, como de costume. Negociou 35% antes de colher e 45% na colheita, a um preço médio de R$ 24.

O valor da saca está bem acima do obtido no ano passado, mas de um mês para cá caiu cerca de R$ 1. Por isso, o restante da safra, 20% da produção, Modesto só vai entregar quando receber uma boa proposta. “Não vendi tudo ainda, tenho alguma coisa para comercializar, por causa desta queda de preço, e a gente está esperando que ele volte à normalidade de R$ 24, R$ 25 para liquidarmos o resto do milho”.

Já não se vê mais soja na região, é época de trigo ou milho safrinha. Os grãos colhidos até o mês passado já não estão mais no campo, mas têm muito produtor que ainda mantém parte da safra nos estoques e continua de olho no mercado. “Nós entramos agora no período da entressafra, terminou a colheita, o produtor já vendeu o que ele precisava para as suas despesas, prestações de banco e manutenção da propriedade, então agora ele está tendo fôlego para aguardar a recuperação dos preços”, declara Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.

Mesmo com a queda nas últimas semanas, o preço da soja está hoje 40% maior do que o de maio do ano passado, no mercado internacional. E o milho subiu quase 90% em um ano.

Fonte: Gazeta Web

segunda-feira, 23 de maio de 2011

APROVAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL É PONTO DE PARTIDA, AVALIA OCB

Embora a expectativa seja grande em torno da aprovação o mais breve possível do Projeto de Lei (PL) n 1.876/1999, sobre o novo Código Florestal Brasileiro, o consultor jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Leonardo Papp, considera que essa etapa não marca o fim de um processo mas, sim, o início de uma nova fase que deverá ser desencadeada. A matéria será levada à votação no plenário da Câmara Federal na próxima terça-feira (24), após três adiamentos. "A aprovação do Código Florestal não é um ponto de chegada. É um ponto de partida. Depois disso, vai ser necessário muito empenho para adequar a legislação dos estados a essa nova realidade, assim como um grande esforço e vigilância para que se possa influenciar de maneira positiva na produção do decreto da presidente da República, que deverá regulamentar as atividades nas APPs (Áreas de Preservação Permanente)", afirmou Papp nesta quinta-feira (19), em Curitiba, ao participar do Fórum de Meio Ambiente promovido pelo Sistema Ocepar. Avaliação - Papp foi convidado a discutir com os profissionais das cooperativas paranaenses os principais pontos da última versão do projeto sobre o novo Código Florestal que foi apresentado pelo relator na Câmara Federal. O consultor da OCB avalia que, apesar de várias alterações que já foram realizadas no documento, as discussões sobre o tema avançaram. "Em relação à legislação atual, o texto que está para ser votado contém avanços significativos. Por outro lado, se considerarmos algumas expectativas que se tinham, os progressos foram menores que os esperados", afirmou. Ele lembrou que desde julho de 2010 vem sendo realizado um trabalho para aprimorar o texto. "Estávamos nos preparando para a batalha. Havia muita pressão e sabíamos que em algum momento o governo iria entrar nessa luta. As discussões estavam mais tranquilas enquanto ocorriam somente entre nós, até a semana passada. O jogo mudou completamente quando o governo entrou na discussão e o projeto só não foi votado por questões políticas", disse ele. Reserva Legal e APP - De acordo com Papp, os maiores ganhos foram contabilizados em relação à Reserva Legal (RL), como, por exemplo, a dispensa de recomposição da RL em propriedades com até quatro módulos. Já em relação às APPs, a expectativa era de que os estados tivessem mais autonomia para legislar sobre o assunto. "O setor vinha defendendo a bandeira de que, como o país é muito grande, com muitas peculiaridades, muitas das questões deveriam ser decididas pelos estados, inclusive a consolidação das áreas que já estão em produção. Porém, o resultado das negociações lá no Congresso foi remeter a um decreto da presidente a regularização dessas áreas, o que não é o ideal diante das expectativas iniciais mas, por outro lado, é uma oportunidade que se cria, já que na lei de hoje ela sequer existe", disse Papp. Apesar disso, ele acredita que ainda haverá espaço para os estados. "Numa amplitude menor do que se esperava, mas os estados terão um papel mais ativo do que tem na legislação atual, na produção e na discussão da legislação ambiental", acrescentou. Cooperativismo - O consultor jurídico da OCB também ressaltou que o cooperativismo sai fortalecido desse processo envolvendo o novo Código. "O cooperativismo não foi um mero coadjuvante nessa discussão. Por vários momentos assumiu o papel de protagonista. Representantes do setor foram constantemente consultados pelos políticos que estão à frente dessa discussão. O setor pode demonstrar que a forma cooperativista de produzir é própria, portanto, tem que ser vista de uma maneira diferenciada. Acho que isso foi um ganho institucional para todos nós que somos adeptos e entusiastas do modo cooperativista de produzir," frisou. Ele disse ainda que contribuições das cooperativas paranaenses foram agregadas ao texto. "O termo Reserva Coletiva, por exemplo, nasceu aqui no Paraná, foi mantido na versão final e nada impede que os estados regulamentem essa questão", acrescentou. A Reserva Ambiental Coletiva, proposta pelas cooperativas do Paraná, se define como a área de vegetação necessária para compor o índice mínimo de 20% de cobertura florestal do estado, sob responsabilidade de toda a sociedade. As informações partem da Ocepar.

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

APREENDIDOS AGROTÓXICOS PARA SEMENTES DE TRIGO NO RS

Foram encontrados em estabelecimento comercial do município de Independência, na região da Fronteira Noroeste do RS, herbicidas e agrotóxicos para tratamento de sementes de trigo em quantidade suficiente para nove mil hectares de plantação. Os técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) fizeram a apreensão dos produtos no final da manhã desta quarta-feira (18), informou a Seapa. Os produtos têm duas origens, alguns são de fabricação chinesa que, provavelmente, entraram no Brasil pelo Paraguai e outros são de fabricação uruguaia. O proprietário da empresa foi autuado e multado, sendo aberto processo administrativo. Os produtos foram encaminhados para um fiel depositário. Após a conclusão do processo, os herbicidas e agrotóxicos apreendidos serão inutilizados. Informou o agrônomo da Seapa, Luiz Augusto Petry, que serão encaminhadas cópias do expediente administrativo para a Receita Federal e para a Polícia Federal para as medidas de suas competências. Disse ainda que, embora esta tenha sido uma fiscalização de rotina, devido às várias denúncias recebidas, duas equipes da Divisão de Defesa Vegetal da Seapa permanecerão naquela região.

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Temperatura

Em queda desde a segunda quinzena de maio, a temperatura no Sudeste do país sofrerá ligeira elevação hoje. Os termômetros deverão marcar máxima de 32C e mínima de 5C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê tempo claro no Espírito Santo e Rio de Janeiro. O dia será nublado nas demais áreas, com possibilidade de chuvas isoladas em São Paulo. A região Sul terá as menores temperaturas do país, com mínima de 1C. O tempo fica nublado com possibilidade de chuva nos três estados. A previsão é de chuva no resto do país. Na região Nordeste, o Inmet prevê chuvas fortes, principalmente, nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Ceará e Pernambuco. No Norte e Centro-Oeste do país, o dia será nublado com pancadas de chuva, com exceção do Acre, que terá tempo claro. As informações são do Inmet/Mapa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Código Florestal: Dilma recebe proposta já na semana que vem

Setores do governo incluídos na discussão do Código Florestal apresentarão à presidente Dilma Rousseff, na semana que vem, a proposta de alteração da lei a ser enviada à Câmara dos Deputados. A intenção do Palácio do Planalto é de que o texto chegue ao relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a título de sugestão. O deputado apresentaria a proposta como uma emenda substitutiva ao relatório aprovado pela comissão especial que analisou o novo código. A proposta do governo federal, fechada pelos ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, foi sacramentada, ontem, em reunião no Palácio com a presença do vice, Michel Temer, e do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. Ficaram acertados pontos como a incorporação das áreas de proteção permanente dentro do cálculo das reservas legais a que cada propriedade deve manter preservada. Também ficou acordado que leis estaduais não poderão diminuir as áreas definidas para proteção, mas poderão ampliar o espaço a ser protegido. A preservação mínima às margens de córregos e rios será de 30 metros, sendo 15 metros para as áreas consolidadas. E não haverá isenções para a obrigação de manter reserva legal.

A partir de agora, o trabalho do governo passa a ser buscar o consenso com a bancada ruralista. Nos temas em que não houver acordo, o Planalto admite levar a questão ao plenário. "O governo tenta avançar no consenso, estamos com 99% definidos, mas uma proposta ou outra pode acabar sendo decidida somente em plenário", admitiu o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. O ponto mais polêmico é a liberação das reservas legais para as propriedades menores de quatro módulos ou 150 hectares. O governo é contra a proposta, mas os ruralistas entendem que a medida pode ser aplicada à agricultura familiar ou aos pequenos produtores. Diante do impasse, o mais provável é que a questão seja decidida em plenário. Em relação à necessidade de declarar em cartório a área destinada à proteção, o expediente não será mais necessário. Bastará aos produtores cadastrarem os dados nos programas do Ministério do Meio Ambiente. "O governo tem interesse em levar uma matéria de consenso ao plenário até por conta dos compromissos que o país assumiu. No ano que vem, teremos a Conferência Rio 20 de Desenvolvimento Sustentável, precisamos chegar lá com um código moderno, não fruto de um racha", explicou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado. O acordo fechado pelo governo com os parlamentares prevê que a sugestão do governo para o Código chegará às mãos do relator Aldo Rebelo na semana que vem. A votação deve acontecer na última semana do mês, ou na primeira de maio. Depois de passar pela Câmara, a proposta ainda segue para o Senado Federal. Equilíbrio verde As reservas legais são áreas destinadas à preservação no interior das propriedades rurais, como representação do ambiente natural da região, e necessárias para o equilíbrio da biodiversidade. Para cada região, muda o espaço mínimo de proteção. Na Amazônia, o índice é de 80% da propriedade. No Cerrado, o percentual que deve permanecer intocado cai para 35%, e na mata atlântica, 20%

quarta-feira, 13 de abril de 2011

MILHO: CONAB OFERTA 55,123 MIL T EM LEILÕES DE ESTOQUES HOJE

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fará leilão nesta quarta-feira de 55.123,730 toneladas de milho de estoques governamentais, divididos nos avisos 110, 111, 112, 113 e 114. O aviso 110 coloca à venda 7.483,310 toneladas, divididas em 3 lotes, com origem em Mato Grosso. O aviso 111 abrange 1.821,837 toneladas, divididas em 4 lotes, com origem em Goiás (lotes 01 e 02) e Mato Grosso (lotes 03 e 04). O aviso 112 coloca à venda 447,580 toneladas, com origem em Mato Grosso. O aviso 113 abrange 9.258,086 toneladas, divididas em 5 lotes, com origem em Goiás (lotes 01 e 02) e Mato Grosso (lotes 03 a 05). O aviso 114 coloca à venda 36.112,917 toneladas, divididas em 16 lotes, com origem em Goiás (lotes 01 a 04) e Mato Grosso (lotes 05 a 16). Poderão participar dos leilões os interessados que tenham como atividade principal, que deverá constar na AVE, e estejam em plena atividade nos seguintes segmentos: avicultores, suinocultores, bovinocultores de leite e de corte, cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos de leite e de corte, indústria de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho, que estejam devidamente cadastrados perante a Bolsa por meio da qual pretendam realizar a operação, e que estejam em situação regular no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab - SIRCOI. A Conab informa ainda que o preço de venda de ambos os avisos serão divulgados, em R$/kg, ICMS excluso, com antecedência de até 02 (dois) dias úteis da data de realização do leilão.
Safras

quinta-feira, 31 de março de 2011

Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de março, totalizaram 1,25 bilhão de bushels, conforme relatório divulgado há pouco pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume estocado recuou 2% na comparação com igual período de 2010. Do total, 505 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com recuo de 17%. Os estoques fora das fazendas somam 744 milhões de bushels, com alta de 13%. Na comparação com os estoques de 1o de dezembro, houve uma baixa de 1,03 bilhão de bushels.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Setor da cana deixa de faturar R$ 7,5 bi com déficit de etanol
autor
Marcos Fava Neves
ano
2011
publicação
Folha de Sao Paulo

Concluiu-se a safra de cana processando no Centro Sul 555 milhões de toneladas, 2,4% a mais que na safra anterior. A produção de açúcar cresceu 16,82% e a de etanol 6,71%. Com preço maior (US$ 345 em 2009 e US$ 456 em 2010) e quantidade maior vendida (de 24,3 para 28 milhões de toneladas), as exportações de açúcar trouxeram US$ 12,7 bilhões e o complexo sucro-energético, US$ 13,7 bilhões, representando quase 20% do agronegócio.

A demanda mundial de açúcar cresceu quase 62% em 15 anos. Se continuarem estas taxas de crescimento são necessárias mais 50 milhões de toneladas/ano em 2020. O Brasil produz 40 milhões de toneladas por ano.

A cadeia sucro-energética teria mais renda sem o tropeço no etanol hidratado. Em 2009 o consumo interno foi de 16,5 bilhões de litros, e em 2010 caiu para 15 bilhões. O consumo da gasolina foi de 25,4 bilhões de litros em 2009 para quase 30 bilhões em 2010 e o pior, importou-se 505 milhões de litros de gasolina (contra apenas 22 milhões em 2009). Hoje o Nordeste esta importando etanol dos EUA.

Em 2010 foram vendidos mais de 3 milhões de carros e a frota flex chegou a 12,5 milhões, 43% do total brasileiro. Se 80% da frota flex usar etanol, o consumo anual seria de 20 bilhões de litros. Tem-se uma demanda anual reprimida de 5 bilhões de litros de hidratado. Em dois meses de 2011 foram vendidos 500 mil carros (12 mil carros por dia útil, um a cada dois segundos!), 15% a mais que em 2010. Até o final do ano a frota flex terá 15,5 milhões de ávidos integrantes e consumo potencial anual de 25 bilhões de litros de hidratado, com o déficit passando para 10 bilhões.

Um exercício com um preço hipotético do hidratado nas bombas de R$ 1,50/litro e lucro líquido de 10 centavos/litro na Usina, mostra que a cadeia sucro-energética está transferindo para a gasolina um faturamento anual de R$ 7,5 bilhões. No final de 2011, com o novo volume da frota, a cadeia sucro-energética deixaria de faturar anualmente R$ 15 bilhões e Usinas, de lucrar R$ 1,0 bilhão. Deve-se lembrar que 25% da gasolina é etanol anidro, portanto uma parte desta renda volta ao setor.

Esta lacuna é triste resultado da crise de preços e crédito de 2007/2008, que solapou cruelmente o endividado setor sucro-energético. O efeito mais pernóstico foi transferir o grande volume de investimentos (das tradings, petroleiras, fundos e outros) destinado a construção de Usinas novas (greenfields), para a compra de Usinas existentes (brownfields). Hoje o mercado clama por mais umas 15 grandes Usinas, que se aí estivessem, trariam toda esta renda para o bolso da cadeia sucro-energética.

Num cenário onde o consumo de açúcar, etanol, energia elétrica, plástico, diesel, entre outros, só tende a crescer, e com o petróleo atingindo US$ 100, Brasília precisa focar sua estratégia na cana.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Commodities subiram 33% em um ano

O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), divulgado pelo Banco Central, registrou alta de 4,05% em janeiro, na comparação com dezembro de 2010. Esse índice mede a variação no país dos preços dos produtos básicos cotados internacionalmente. No acumulado de 12 meses encerrados em janeiro, o índice apresentou alta de 33,55%. No mês passado, o maior aumento ocorreu no segmento agropecuário (formado por carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e carne suína), que registrou alta de 4,44%. No segmento de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel), o índice registrou aumento de 3,52%. No caso da energia (petróleo, gás natural e carvão), a alta foi de 3,40%.

Fonte: Agência Brasil

Clima preocupa sojicultores no RS

As condições gerais das lavouras de soja da safra 2010/2011 são muito satisfatórias, com exceção do Rio Grande do Sul, onde o clima seco é motivo de preocupação para os produtores. Segundo análise divulgada pelo boletim “Custos e Preços”, elaborado da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), “o resultado final da safra do Rio Grande do Sul e também na Argentina pode ser comprometido pelo clima adverso”. Já dados da Superintendência Técnica da CNA mostram que o desempenho das lavouras da oleaginosa no Centro-Oeste é favorável, apesar de o clima seco ter atrasado o plantio das áreas no último trimestre do ano passado. No Mato Grosso, onde a colheita da safra 2010/2011 já começou, a produtividade das lavouras de soja superprecoce varia entre 55 e 56 sacas por hectare, um rendimento considerado favorável.

Fonte: CNA

Safrinha começa com preços valorizados

O plantio da safrinha de milho em Mato Grosso está começando e a expectativa é de que os preços continuem em alta até a colheita, nos meses de maio e junho. Segundo levantamento do Instituto Matogrossense de Economia Agrícola (Imea), com pouco milho disponível no interior do estado os preços continuam subindo nesta entressafra. A demanda continua puxando o mercado externo pelas compras da China e pela produção norte-americana de etanol. No país, também tem superado a oferta, o que propiciou aumento nos preços. Em Sorriso, a saca de 60 quilos iniciou a semana passada cotada a R$ 17 e avançou para R$ 20, valorização de 18%. Em Primavera do Leste e Sapezal a cotação terminou a semana valendo R$ 21,50 e R$ 19,50, respectivamente. O local com maior alta foi Rondonópolis, cujos preços tiveram valorização de R$ 3,50 no decorrer da semana, chegando a R$ 22,50/saca.


Fonte: Diário de Cuiabá

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Milho sobe mais de 60% em um ano

Os preços do milho dispararam no mercado doméstico de um ano para cá e atingiram o maior patamar em dois anos. Atraso na colheita, demanda forte e problemas na oferta no exterior explicam o aumento. A valorização alcança 66% na região de Campinas/SP, segundo a Safras & Mercado. A saca do cereal saiu do intervalo de R$ 19,30 a R$ 19,50 há um ano para R$ 32 a R$ 32,50. A cotação foi a maior desde 16 de janeiro de 2008, quando ficou em R$ 31,76, segundo o Valor Data. “Há escassez de milho no Paraná e em São Paulo”, afirma Felipe Netto, analista da Safras. Ele observa que a colheita da safra de verão está apenas iniciando e há algum atraso nos trabalhos no campo por causa das chuvas nas regiões de produção de São Paulo e Minas Gerais. A expectativa é de que a colheita comece entre a primeira e segunda quinzenas de fevereiro nessas regiões, estima Netto. Normalmente, já teria começado.
Valor Economico

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MILHO: CONAB OFERTA 354,3 MIL TONELADAS EM LEILÕES DE ESTOQUES DIA 26/01

Por Arno Baasch - arno@safras.com.br SAFRAS (24) - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), fará leilão na próxima quarta-feira (26), de 354.328, 59 toneladas de milho de estoques governamentais, divididas nos avisos 22 e 23. O aviso 22 coloca à venda 148.518,079 toneladas, divididas em 42 lotes, com origem em Goiás (01 a 03), Minas Gerais (04 a 11), Mato Grosso do Sul (12 a 15), Mato Grosso (16 a 31), Paraná (32 a 37) e São Paulo (38 a 42). O aviso 23 abrange 205.810,4511 toneladas, divididas em 53 lotes, com origem em Goiás (01 a 02), Minas Gerais (03 a 07), Mato Grosso do Sul (08 a 13), Mato Grosso (14 a 38), Paraná (39 a 48) e São Paulo (49 a 53). Poderão participar dos leilões os interessados que tenham como atividade principal, que deverá constar na AVE, e estejam em plena atividade nos seguintes segmentos: avicultores, suinocultores, bovinocultores de leite e de corte, cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos de leite e de corte, indústria de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho, que estejam devidamente cadastrados perante a Bolsa por meio da qual pretendam realizar a operação, e que estejam em situação regular no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab - SIRCOI. A Conab informa ainda que o preço de venda de ambos os avisos serão divulgados, em R$/kg, ICMS excluso, com antecedência de até 02 (dois) dias úteis da data de realização do leilão.

AGRICULTURA: GOVERNO QUER ANTECIPAR ANÚNCIO DO PLANO SAFRA PARA MAIO

O governo federal pretende antecipar o anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 para maio. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, o adiantamento da data é importante porque entre o anúncio dos recursos disponíveis até sua chegada na mão dos produtores levam-se de dois a três meses, e o plantio se inicia em agosto.
O anúncio do plano, que era geralmente feito em julho, já foi antecipado para junho na safra atual (2010/2011) e na anterior, mas, mesmo assim, produtores reclamam da demora na liberação. Guimarães participou nesta quinta-feira (20/01) de uma reunião com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, para acertarem o início da discussão da nova safra. Junto com o Planejamento, as duas pastas são responsáveis pela elaboração do plano safra da agricultura empresarial. Segundo Guimarães, no encontro também foi discutida a necessidade de modernização do manual de crédito rural, com ajustes em suas normas para desburocratizá-lo e dar rapidez no fluxo de crédito dos bancos para os produtores. O objetivo dessas medidas, segundo o governo, é que o produtor saiba antecipadamente o volume de recursos e a época em que poderá contar com eles, podendo planejar melhor sua safra. Para viabilizar isso, uma outra reunião será feita na próxima semana para fixar um cronograma de encontros técnicos entre representantes dos três ministérios. Com informações da Agência Brasil.

Exportações russas

A Rússia provavelmente não vai retomar a exportação de GRÃOS antes de outubro, informou a UkrAgroConsult, citando o declaração do vice-presidente Alexander Korbut. O comentário foi feito, segundo a Bloomberg, em uma conferência em Berlim. O governo russo suspendeu as exportações de GRÃOS até 1º de julho por causa da pior seca em 50 anos e provocou quebra de 37% na safra de GRÃOS.
Valor Econômico

sábado, 22 de janeiro de 2011

O mercado de feijão nesta sexta-feira 21/01/2011

O mercado nesta sexta-feira operou com as sobras do dia anterior. Foram ofertadas 6 mil sacas e até o encerramento deste informativo nenhum lote havia sido negociado. Ontem no final do pregão estavam sobrando 13 mil sacas, mas depois durante o dia vários lotes foram negociados, em torno de 5 mil sacas, por isso a oferta hoje foi pequena. O mercado ficou parado e com preços nominais, pois havia poucos compradores que não se interessaram pelos lotes ofertados que eram de feijão carioca mais escuro com cor abaixo de nota 8. A expectativa é de que na semana que vem as vendas melhorem um pouco com a proximidade do final do mês.

O mercado de feijão preto segue calmo e com pouca demanda.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fôlego para novas altas da soja depende do clima na Argentina


Mais uma vez, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu a sua estimativa para os estoques finais de soja da safra norte-americana 2010/11. Em seu relatório de oferta e demanda mundial, divulgado na quarta-feira (12), o órgão calculou as reservas do grão lá no dia 31 de agosto em 3,81 milhões de toneladas.
Trata-se do menor volume desde a temporada 2008/09. No vácuo da redução, as cotações da oleaginosa subiram com força e passaram do patamar de US$ 14 por bushel. A extensão dos ganhos, agora, vai depender do comportamento do clima na Argentina. Com tão pouca soja nos EUA, o mundo vai precisar muito de uma safra cheia na América do Sul, cenário que ainda não está garantido, justamente por causa das dúvidas quanto ao futuro das lavouras no cinturão de produção argentino.
AgRural

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O mercado de feijão nesta quarta-feira 12/01/2011

O mercado nesta quarta-feira recebeu a entrada de novos lotes. Foram ofertadas 20 mil sacas e foram negociadas aproximadamente 25 % do total, restando até as 6:51 hrs a quantidade de 15 mil sacas. Ontem praticamente não teve mercado por causa das chuvas que impediram o acesso de muitos compradores na bolsinha, hoje o mercado voltou à normalidade, porém o movimento de compradores foi fraco deixando o mercado calmo. O carioca extra (nota 9) continua em torno de R$ 90 a R$ 95 a saca. Segundo O último levantamento (03/01) de situação de plantio e colheita do Deral/PR, 21 % da área de feijão 1ª safra já havia sido colhido sendo que metade, aproximadamente, já foi comercializado. Restante das lavouras se encontra nas seguintes condições: 62 % bom, 24 % médio e 14 % ruim, e nas seguintes fases: 5 % desenvolvimento vegetativo, 24 % floração, 45 % frutificação e 26 % maturação.

O mercado de feijão preto segue calmo. As ofertas continuam sendo em sua maioria de feijão preto importado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Grãos: La Niña frustra safra recorde argentina



Prejudicada pela estiagem provocada pelo fenômeno climático La Niña, a produção argentina de milho deverá ser consideravelmente menor do que a inicialmente esperada nesta safra 2010/11, que está em desenvolvimento.

Em novembro, quando o plantio estava no início, o governo do país vizinho estimava a colheita em 26 milhões de toneladas. Ontem, o subsecretário da Agricultura, Oscar Solis, afirmou à agência Reuters que "seguramente" a produção ficará mais perto de 20 milhões do que de 26 milhões.

"Vai haver uma queda de produtividade, que hoje é difícil mensurar", afirmou o representante do governo. Solis realçou que seria possível colher 26 milhões de toneladas se tivesse chovido normalmente em dezembro, o que não aconteceu. A Bolsa de Comércio de Rosário, por exemplo, já reduziu sua estimativa para 21,3 milhões de toneladas.

Como informou recentemente o Valor, a seca também limitará a produção de soja da Argentina no ciclo atual. Em novembro, o governo projetava a colheita da oleaginosa em 52 milhões de toneladas. Atualmente, analistas trabalham com um intervalo entre 43 milhões e 48 milhões.

Com suas duas principais lavouras castigadas pelo La Niña, o sonho do país de finalmente colher mais de 100 milhões de toneladas de grãos ficou distante, em um cenário que poderá favorecer as exportações do Brasil pelo menos nesses próximos meses.

Na safra 2008/09, quando a produção argentina de grãos foi devastada pela mais severa estiagem no país em sete décadas, os preços internacionais de soja e milho subiram e aumentou a demanda externa pelos produtos brasileiros.

Os problemas atuais na Argentina nem de longe se comparam ao debacle de duas safras atrás. Mas os preços já estão atraentes, e qualquer soluço "altista" será muito bem recebido pelos exportadores brasileiros que tiverem oferta disponível. Mesmo no Sul do Brasil, os efeitos do La Niña têm sido amenos. Em Mato Grosso, onde o plantio de soja atrasou por causa do fenômeno, o problema agora são as previsões de chuvas acima da média em fevereiro, que podem travar a colheita, segundo informou a Somar Meteorologiaà Bloomberg.

A evolução do La Niña na América do Sul vem sendo acompanhada de perto pelos traders americanos, e seus reflexos, seja na queda da produtividade do milho na Argentina, seja no atraso do plantio de soja em Mato Grosso, colaboraram para a sustentação das cotações desses grãos em Chicago nos últimos meses.

Particularmente no milho, nas duas últimas sessões da bolsa pesaram as previsões de chuvas em regiões produtoras argentinas, e os preços registraram recuos moderados. No país, os climatologistas de fato preveem chuvas nesta semana, mas dizem que serão insuficientes para evitar perdas importantes de produtividade.

Analistas lembram que as lavouras de milho precisam, nesta fase de crescimento, de 10 milímetros diários de chuvas, algo que ainda não se vislumbra em caráter regular neste mês. Em meio à crescente volatilidade de Chicago, pode ser o suficiente para garantir novas altas nas próximas semanas.

Ontem, na bolsa americana, os contratos futuros para maio fecharam a US$ 6,1675 por bushel (25,2 quilos), baixa de 11,75 cents. É o menor valor em duas semanas, mas ainda assim segue em torno do maior patamar em dois anos.




Fonte: Centro de Inteligência de Soja




Segunda safra de milho depende da colheita da soja

No Paraná e em Mato Grosso, a área a ser destinada à segunda safra de milho, que começa a ser plantada em janeiro, segue indefinida. Se por um lado os preços internacionais incentivam a produção, por outro o clima pode limitar o cultivo. No Paraná, não deve faltar tempo para o plantio, avalia o técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Eugênio Stefanelo.

“O plantio da soja ocorreu dentro da melhor época e o, como o milho de segunda safra ocupa essa mesma área, também poderá ser semeado no prazo ideal”, afirma. Se houver retração, será por força do risco climática ou do mercado, considera. Já em Mato Grosso, se as chuvas atrasarem a colheita, pode faltar tempo para o plantio do milho. “Mato Grosso pode manter a área do ano passado se a colheita não atrasar, mas há risco de redução”, acrescenta.

Fonte: Agro Notícias

Preços de grãos poderão aumentar ainda mais, diz FAO

Os preços do milho, trigo e outros grãos podem aumentar ainda mais e as atuais condições climáticas são uma preocupação, disse um economista da agência de alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) depois da alta recorde no índice de preços de alimentos em dezembro.

"Estamos preocupados, o motivo real da preocupação é a imprevisibilidade", disse o economista da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) Abdolreza Abbassian, em entrevista à Reuters nesta quarta-feira (5).

"Ainda existe espaço para que os preços aumentem ainda mais, se por exemplo as condições de pouca chuva na Argentina tenderem a uma seca, e se começarmos a ter problemas com uma onda de frio no hemisfério norte que prejudique a safra de trigo", disse ele.

Ondas de frio podem prejudicar safras semeadas, geralmente no outono, que poderiam ser colhidas no ano seguinte.

Abbassian acrescentou que, apesar dos altos preços, muitos fatores que provocaram os protestos de 2007/08, tais como a produção fraca nos países pobres e uma alta repentina nos preços de petróleo, não estão presentes atualmente, reduzindo o risco de maior instabilidade.
Fonte: Centro de Inteligência do Feijão

FAEG diz o que espera de 2011

De acordo com o presidente da FAEG e titular da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, José Mário Schreiner, 2010 se encerra com desempenho maior e melhor que o registrado no ano anterior, em níveis nacional e regional. Ele explica que o PIB brasileiro no acumulado até setembro de 2010, se comparado com o mesmo período de 2009, cresceu 8,4% alcançando R$ 937 bilhões. Nesse mesmo período, o setor agropecuário nacional cresceu 7,8%.

Segundo a FAEG, entre os grandes desafios para o próximo ano está a volta da inflação. “Trata-se de um fator que pode afetar de forma decisiva as previsões de crescimento para o agronegócio goiano e brasileiro”, disse Schreiner.

Ele explicou que mesmo com todos esses desafios, espera-se uma expansão do agronegócio goiano em 2011. “Há um cenário de aumento do consumo interno e externo puxado, principalmente, pela China e há a expectativa de que os preços das commodities permaneçam em níveis razoáveis no próximo ano”, esclareceu.

Espera-se que o crescimento do PIB nacional para 2011 seja em torno dos 5,5%, mantendo a meta de inflação em torno de 4,5%. Schreiner acredita que mesmo com a valorização do real, deve haver crescimento das exportações brasileiras do agronegócio para 2011 impulsionadas, sobretudo, pela melhoria da produtividade no campo.

Produção goiana

Em Goiás, semelhante ao projetado para o Brasil, a Faeg prevê que deverá ocorrer aumento da área e da produção agrícola. Segundo dados da entidade, a área plantada com cereais, fibras e oleaginosas deverá crescer 1,8% em relação à última safra, resultado do crescimento das áreas de soja e algodão. A entidade acredita que a produção goiana poderá chegar aos 13,57 milhões de toneladas, superior aos 13,46 milhões registrados na safra 2009/2010.

Schreiner fez um alerta sobre o início de uma escalada nos preços dos principais insumos agropecuários, sobretudo, fertilizantes. Essa valorização ocorre em função do aumento da demanda mundial e pela deficiente logística de recebimento desses fertilizantes nos portos brasileiros. Schreiner enfatizou que esse fato tem trazido grande preocupação aos produtores, devido ao possível impacto no aumento dos custos de produção para a safra 2011/2012.

Outra preocupação é com a inflação sobre os alimentos. Schreiner explicou que há 20 anos o peso dos alimentos na renda familiar do brasileiro era de 50%. Hoje, o peso é de 19%. Ele ressaltou que os alimentos foram a âncora do Real e da estabilidade econômica. Mas, nos últimos anos, tem-se registrado uma distância muito grande entre os preços pagos aos produtores pelos alimentos produzidos e os preços pagos pelos consumidores na aquisição dos mesmos alimentos.

“É o caso do feijão, por exemplo, o produtor recebe hoje R$ 1,37 pelo quilo do cereal, mas o consumidor compra o produto por R$ 3,50 o quilo.” Para a Faeg, mecanismos governamentais de crédito, seguro e comercialização implementados a tempo, à hora e na medida necessária minimizariam esses problemas de preços, normalmente ocasionados pela sazonalidade de produção.

VBP goiano

O Estado de Goiás caminhou na mesma direção. Dados levantados pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Faeg demonstram que o Valor Bruto da Produção Agropecuária de Goiás (VBP) foi de R$ 18,4 bilhões em 2010, 2,66% superior a 2009. Schreiner esclarece que esse aumento se deve graças ao volume da safra 2009/2010 que foi de 13,4 milhões de toneladas - 1,85% superior à safra 2008/2009 - e à recuperação dos preços das principais commodities agropecuárias.

Até novembro deste de 2010, as exportações do agronegócio goiano foram de US$ 2,89 bilhões, montante que representou 74% do total das exportações de Goiás; 9,8% maior que 2009. Ao passo que as importações do agronegócio representaram apenas US$ 301 milhões, 7,92% do total das importações de Goiás. Schreiner enfatizou que todo esse desempenho se refletiu positivamente na abertura de vagas de trabalho. O setor agropecuário goiano conseguiu gerar mais de 65 mil postos de trabalho, superior aos 58 mil gerados em 2009.

Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR