segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MILHO: CONAB OFERTA 354,3 MIL TONELADAS EM LEILÕES DE ESTOQUES DIA 26/01

Por Arno Baasch - arno@safras.com.br SAFRAS (24) - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), fará leilão na próxima quarta-feira (26), de 354.328, 59 toneladas de milho de estoques governamentais, divididas nos avisos 22 e 23. O aviso 22 coloca à venda 148.518,079 toneladas, divididas em 42 lotes, com origem em Goiás (01 a 03), Minas Gerais (04 a 11), Mato Grosso do Sul (12 a 15), Mato Grosso (16 a 31), Paraná (32 a 37) e São Paulo (38 a 42). O aviso 23 abrange 205.810,4511 toneladas, divididas em 53 lotes, com origem em Goiás (01 a 02), Minas Gerais (03 a 07), Mato Grosso do Sul (08 a 13), Mato Grosso (14 a 38), Paraná (39 a 48) e São Paulo (49 a 53). Poderão participar dos leilões os interessados que tenham como atividade principal, que deverá constar na AVE, e estejam em plena atividade nos seguintes segmentos: avicultores, suinocultores, bovinocultores de leite e de corte, cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos de leite e de corte, indústria de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho, que estejam devidamente cadastrados perante a Bolsa por meio da qual pretendam realizar a operação, e que estejam em situação regular no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab - SIRCOI. A Conab informa ainda que o preço de venda de ambos os avisos serão divulgados, em R$/kg, ICMS excluso, com antecedência de até 02 (dois) dias úteis da data de realização do leilão.

AGRICULTURA: GOVERNO QUER ANTECIPAR ANÚNCIO DO PLANO SAFRA PARA MAIO

O governo federal pretende antecipar o anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 para maio. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, o adiantamento da data é importante porque entre o anúncio dos recursos disponíveis até sua chegada na mão dos produtores levam-se de dois a três meses, e o plantio se inicia em agosto.
O anúncio do plano, que era geralmente feito em julho, já foi antecipado para junho na safra atual (2010/2011) e na anterior, mas, mesmo assim, produtores reclamam da demora na liberação. Guimarães participou nesta quinta-feira (20/01) de uma reunião com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, para acertarem o início da discussão da nova safra. Junto com o Planejamento, as duas pastas são responsáveis pela elaboração do plano safra da agricultura empresarial. Segundo Guimarães, no encontro também foi discutida a necessidade de modernização do manual de crédito rural, com ajustes em suas normas para desburocratizá-lo e dar rapidez no fluxo de crédito dos bancos para os produtores. O objetivo dessas medidas, segundo o governo, é que o produtor saiba antecipadamente o volume de recursos e a época em que poderá contar com eles, podendo planejar melhor sua safra. Para viabilizar isso, uma outra reunião será feita na próxima semana para fixar um cronograma de encontros técnicos entre representantes dos três ministérios. Com informações da Agência Brasil.

Exportações russas

A Rússia provavelmente não vai retomar a exportação de GRÃOS antes de outubro, informou a UkrAgroConsult, citando o declaração do vice-presidente Alexander Korbut. O comentário foi feito, segundo a Bloomberg, em uma conferência em Berlim. O governo russo suspendeu as exportações de GRÃOS até 1º de julho por causa da pior seca em 50 anos e provocou quebra de 37% na safra de GRÃOS.
Valor Econômico

sábado, 22 de janeiro de 2011

O mercado de feijão nesta sexta-feira 21/01/2011

O mercado nesta sexta-feira operou com as sobras do dia anterior. Foram ofertadas 6 mil sacas e até o encerramento deste informativo nenhum lote havia sido negociado. Ontem no final do pregão estavam sobrando 13 mil sacas, mas depois durante o dia vários lotes foram negociados, em torno de 5 mil sacas, por isso a oferta hoje foi pequena. O mercado ficou parado e com preços nominais, pois havia poucos compradores que não se interessaram pelos lotes ofertados que eram de feijão carioca mais escuro com cor abaixo de nota 8. A expectativa é de que na semana que vem as vendas melhorem um pouco com a proximidade do final do mês.

O mercado de feijão preto segue calmo e com pouca demanda.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fôlego para novas altas da soja depende do clima na Argentina


Mais uma vez, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu a sua estimativa para os estoques finais de soja da safra norte-americana 2010/11. Em seu relatório de oferta e demanda mundial, divulgado na quarta-feira (12), o órgão calculou as reservas do grão lá no dia 31 de agosto em 3,81 milhões de toneladas.
Trata-se do menor volume desde a temporada 2008/09. No vácuo da redução, as cotações da oleaginosa subiram com força e passaram do patamar de US$ 14 por bushel. A extensão dos ganhos, agora, vai depender do comportamento do clima na Argentina. Com tão pouca soja nos EUA, o mundo vai precisar muito de uma safra cheia na América do Sul, cenário que ainda não está garantido, justamente por causa das dúvidas quanto ao futuro das lavouras no cinturão de produção argentino.
AgRural

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O mercado de feijão nesta quarta-feira 12/01/2011

O mercado nesta quarta-feira recebeu a entrada de novos lotes. Foram ofertadas 20 mil sacas e foram negociadas aproximadamente 25 % do total, restando até as 6:51 hrs a quantidade de 15 mil sacas. Ontem praticamente não teve mercado por causa das chuvas que impediram o acesso de muitos compradores na bolsinha, hoje o mercado voltou à normalidade, porém o movimento de compradores foi fraco deixando o mercado calmo. O carioca extra (nota 9) continua em torno de R$ 90 a R$ 95 a saca. Segundo O último levantamento (03/01) de situação de plantio e colheita do Deral/PR, 21 % da área de feijão 1ª safra já havia sido colhido sendo que metade, aproximadamente, já foi comercializado. Restante das lavouras se encontra nas seguintes condições: 62 % bom, 24 % médio e 14 % ruim, e nas seguintes fases: 5 % desenvolvimento vegetativo, 24 % floração, 45 % frutificação e 26 % maturação.

O mercado de feijão preto segue calmo. As ofertas continuam sendo em sua maioria de feijão preto importado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Grãos: La Niña frustra safra recorde argentina



Prejudicada pela estiagem provocada pelo fenômeno climático La Niña, a produção argentina de milho deverá ser consideravelmente menor do que a inicialmente esperada nesta safra 2010/11, que está em desenvolvimento.

Em novembro, quando o plantio estava no início, o governo do país vizinho estimava a colheita em 26 milhões de toneladas. Ontem, o subsecretário da Agricultura, Oscar Solis, afirmou à agência Reuters que "seguramente" a produção ficará mais perto de 20 milhões do que de 26 milhões.

"Vai haver uma queda de produtividade, que hoje é difícil mensurar", afirmou o representante do governo. Solis realçou que seria possível colher 26 milhões de toneladas se tivesse chovido normalmente em dezembro, o que não aconteceu. A Bolsa de Comércio de Rosário, por exemplo, já reduziu sua estimativa para 21,3 milhões de toneladas.

Como informou recentemente o Valor, a seca também limitará a produção de soja da Argentina no ciclo atual. Em novembro, o governo projetava a colheita da oleaginosa em 52 milhões de toneladas. Atualmente, analistas trabalham com um intervalo entre 43 milhões e 48 milhões.

Com suas duas principais lavouras castigadas pelo La Niña, o sonho do país de finalmente colher mais de 100 milhões de toneladas de grãos ficou distante, em um cenário que poderá favorecer as exportações do Brasil pelo menos nesses próximos meses.

Na safra 2008/09, quando a produção argentina de grãos foi devastada pela mais severa estiagem no país em sete décadas, os preços internacionais de soja e milho subiram e aumentou a demanda externa pelos produtos brasileiros.

Os problemas atuais na Argentina nem de longe se comparam ao debacle de duas safras atrás. Mas os preços já estão atraentes, e qualquer soluço "altista" será muito bem recebido pelos exportadores brasileiros que tiverem oferta disponível. Mesmo no Sul do Brasil, os efeitos do La Niña têm sido amenos. Em Mato Grosso, onde o plantio de soja atrasou por causa do fenômeno, o problema agora são as previsões de chuvas acima da média em fevereiro, que podem travar a colheita, segundo informou a Somar Meteorologiaà Bloomberg.

A evolução do La Niña na América do Sul vem sendo acompanhada de perto pelos traders americanos, e seus reflexos, seja na queda da produtividade do milho na Argentina, seja no atraso do plantio de soja em Mato Grosso, colaboraram para a sustentação das cotações desses grãos em Chicago nos últimos meses.

Particularmente no milho, nas duas últimas sessões da bolsa pesaram as previsões de chuvas em regiões produtoras argentinas, e os preços registraram recuos moderados. No país, os climatologistas de fato preveem chuvas nesta semana, mas dizem que serão insuficientes para evitar perdas importantes de produtividade.

Analistas lembram que as lavouras de milho precisam, nesta fase de crescimento, de 10 milímetros diários de chuvas, algo que ainda não se vislumbra em caráter regular neste mês. Em meio à crescente volatilidade de Chicago, pode ser o suficiente para garantir novas altas nas próximas semanas.

Ontem, na bolsa americana, os contratos futuros para maio fecharam a US$ 6,1675 por bushel (25,2 quilos), baixa de 11,75 cents. É o menor valor em duas semanas, mas ainda assim segue em torno do maior patamar em dois anos.




Fonte: Centro de Inteligência de Soja




Segunda safra de milho depende da colheita da soja

No Paraná e em Mato Grosso, a área a ser destinada à segunda safra de milho, que começa a ser plantada em janeiro, segue indefinida. Se por um lado os preços internacionais incentivam a produção, por outro o clima pode limitar o cultivo. No Paraná, não deve faltar tempo para o plantio, avalia o técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Eugênio Stefanelo.

“O plantio da soja ocorreu dentro da melhor época e o, como o milho de segunda safra ocupa essa mesma área, também poderá ser semeado no prazo ideal”, afirma. Se houver retração, será por força do risco climática ou do mercado, considera. Já em Mato Grosso, se as chuvas atrasarem a colheita, pode faltar tempo para o plantio do milho. “Mato Grosso pode manter a área do ano passado se a colheita não atrasar, mas há risco de redução”, acrescenta.

Fonte: Agro Notícias

Preços de grãos poderão aumentar ainda mais, diz FAO

Os preços do milho, trigo e outros grãos podem aumentar ainda mais e as atuais condições climáticas são uma preocupação, disse um economista da agência de alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) depois da alta recorde no índice de preços de alimentos em dezembro.

"Estamos preocupados, o motivo real da preocupação é a imprevisibilidade", disse o economista da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) Abdolreza Abbassian, em entrevista à Reuters nesta quarta-feira (5).

"Ainda existe espaço para que os preços aumentem ainda mais, se por exemplo as condições de pouca chuva na Argentina tenderem a uma seca, e se começarmos a ter problemas com uma onda de frio no hemisfério norte que prejudique a safra de trigo", disse ele.

Ondas de frio podem prejudicar safras semeadas, geralmente no outono, que poderiam ser colhidas no ano seguinte.

Abbassian acrescentou que, apesar dos altos preços, muitos fatores que provocaram os protestos de 2007/08, tais como a produção fraca nos países pobres e uma alta repentina nos preços de petróleo, não estão presentes atualmente, reduzindo o risco de maior instabilidade.
Fonte: Centro de Inteligência do Feijão

FAEG diz o que espera de 2011

De acordo com o presidente da FAEG e titular da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, José Mário Schreiner, 2010 se encerra com desempenho maior e melhor que o registrado no ano anterior, em níveis nacional e regional. Ele explica que o PIB brasileiro no acumulado até setembro de 2010, se comparado com o mesmo período de 2009, cresceu 8,4% alcançando R$ 937 bilhões. Nesse mesmo período, o setor agropecuário nacional cresceu 7,8%.

Segundo a FAEG, entre os grandes desafios para o próximo ano está a volta da inflação. “Trata-se de um fator que pode afetar de forma decisiva as previsões de crescimento para o agronegócio goiano e brasileiro”, disse Schreiner.

Ele explicou que mesmo com todos esses desafios, espera-se uma expansão do agronegócio goiano em 2011. “Há um cenário de aumento do consumo interno e externo puxado, principalmente, pela China e há a expectativa de que os preços das commodities permaneçam em níveis razoáveis no próximo ano”, esclareceu.

Espera-se que o crescimento do PIB nacional para 2011 seja em torno dos 5,5%, mantendo a meta de inflação em torno de 4,5%. Schreiner acredita que mesmo com a valorização do real, deve haver crescimento das exportações brasileiras do agronegócio para 2011 impulsionadas, sobretudo, pela melhoria da produtividade no campo.

Produção goiana

Em Goiás, semelhante ao projetado para o Brasil, a Faeg prevê que deverá ocorrer aumento da área e da produção agrícola. Segundo dados da entidade, a área plantada com cereais, fibras e oleaginosas deverá crescer 1,8% em relação à última safra, resultado do crescimento das áreas de soja e algodão. A entidade acredita que a produção goiana poderá chegar aos 13,57 milhões de toneladas, superior aos 13,46 milhões registrados na safra 2009/2010.

Schreiner fez um alerta sobre o início de uma escalada nos preços dos principais insumos agropecuários, sobretudo, fertilizantes. Essa valorização ocorre em função do aumento da demanda mundial e pela deficiente logística de recebimento desses fertilizantes nos portos brasileiros. Schreiner enfatizou que esse fato tem trazido grande preocupação aos produtores, devido ao possível impacto no aumento dos custos de produção para a safra 2011/2012.

Outra preocupação é com a inflação sobre os alimentos. Schreiner explicou que há 20 anos o peso dos alimentos na renda familiar do brasileiro era de 50%. Hoje, o peso é de 19%. Ele ressaltou que os alimentos foram a âncora do Real e da estabilidade econômica. Mas, nos últimos anos, tem-se registrado uma distância muito grande entre os preços pagos aos produtores pelos alimentos produzidos e os preços pagos pelos consumidores na aquisição dos mesmos alimentos.

“É o caso do feijão, por exemplo, o produtor recebe hoje R$ 1,37 pelo quilo do cereal, mas o consumidor compra o produto por R$ 3,50 o quilo.” Para a Faeg, mecanismos governamentais de crédito, seguro e comercialização implementados a tempo, à hora e na medida necessária minimizariam esses problemas de preços, normalmente ocasionados pela sazonalidade de produção.

VBP goiano

O Estado de Goiás caminhou na mesma direção. Dados levantados pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Faeg demonstram que o Valor Bruto da Produção Agropecuária de Goiás (VBP) foi de R$ 18,4 bilhões em 2010, 2,66% superior a 2009. Schreiner esclarece que esse aumento se deve graças ao volume da safra 2009/2010 que foi de 13,4 milhões de toneladas - 1,85% superior à safra 2008/2009 - e à recuperação dos preços das principais commodities agropecuárias.

Até novembro deste de 2010, as exportações do agronegócio goiano foram de US$ 2,89 bilhões, montante que representou 74% do total das exportações de Goiás; 9,8% maior que 2009. Ao passo que as importações do agronegócio representaram apenas US$ 301 milhões, 7,92% do total das importações de Goiás. Schreiner enfatizou que todo esse desempenho se refletiu positivamente na abertura de vagas de trabalho. O setor agropecuário goiano conseguiu gerar mais de 65 mil postos de trabalho, superior aos 58 mil gerados em 2009.

Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR