quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Syngenta avança com sua estratégia para alta qualidade em milho



A Syngenta e algumas das maiores cooperativas e indústrias de produção de aves e suínos realizaram em Londrina, no Paraná, a primeira reunião do Conselho QualiTOP. A formação deste grupo é um desdobramento do 1º Fórum de Qualidade de Grãos, evento desenvolvido pela Syngenta dia 27 de junho, em Foz do Iguaçu (PR). Naquela ocasião, a empresa lançou sua estratégia para melhoria da qualidade de grãos para 22 cooperativas e indústrias, sendo que dez foram indicadas como membros do QualiTOP.
O Conselho atua como instância capaz de catalisar, validar e implementar as ações necessárias para vencer os desafios que envolvem a melhoria da qualidade do milho no Brasil.'O milho é o principal insumo da ração utilizada na avicultura e na suinocultura, atividades que respondem pelo consumo de aproximadamente 70% de toda produção nacional desse grão. No encontro de Foz do Iguaçu foi ressaltada a dimensão do problema da má qualidade e, em Londrina, por meio do Conselho, o foco foi a sistematização da oferta integrada das soluções da Syngenta para os milhares de agricultores representados pelas cooperativas: informações técnicas e conjunturais, definição de estratégias e disponibilização dos portfólios, desde o germoplasma de sementes, passando por biotecnologia de ponta, até a proteção de plantas e serviços inovadores', afirma Leandro Santos, gerente de Marketing Estratégico para Milho Brasil da Syngenta.
A programação de Londrina incluiu comunicações e dinâmicas de grupo, formato que fez surgir contribuições ao projeto de melhoria de qualidade de grãos, além de promover debates e posteriores deliberações sobre os caminhos mais adequados a seguir. O encontro garantiu ainda que as soluções possam ser executadas em escala nacional, adequando-se às particularidades dos sistemas produtivos locais. 'A iniciativa do QualiTOP é inédita e muito oportuna, pois a cadeia do milho tem de se adequar às exigências de qualidade impostas pela Instrução Normativa nº 60, do Governo Federal, em vigor desde 1º de julho. Percebi, em Londrina, que os presentes se mostraram comprometidos e muito otimistas em relação aos resultados que já começam a aparecer', diz Glauco Tironi Garcia, gerente de Qualidade e Produção da Integrada Cooperativa Agroindustrial, uma das sociedades que integram o Conselho.
O Conselho QualiTOP realizará duas reuniões anuais, em abril e em setembro. Além dos representantes das dez cooperativas, o grupo é formado por profissionais da Syngenta.

Fonte: Agrolink

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Plantio de soja no Brasil está atrasado, diz Céleres


 O plantio de soja no Brasil avançou na última semana, mas está atrasado em relação a anos anteriores em função da chegada de chuvas depois do que era previsto pelos produtores, disse na segunda-feira (22) a consultoria Céleres.

Da área projetada para a oleaginosa na temporada 2012/13, agricultores tinham semeado 15 por cento até a última sexta-feira, abaixo da média dos últimos cinco anos, de 18 por cento, para o período. O índice também é menor do que o registrado em 21 de outubro de 2011, quando o cultivo já havia sido realizado em 21 por cento das lavouras.

''As chuvas chegaram um pouco mais tarde que o esperado e com isso o ritmo de plantio está aquém do que os produtores esperavam. Isso vale para Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul'', disse à Reuters Anderson Galvão, diretor da Céleres.

Na comparação com a semana até 12 de outubro, o plantio avançou 6 pontos percentuais.

O Paraná é o Estado mais avançado no plantio em termos percentuais, atingindo 31 por cento. Mato Grosso vem logo atrás, com 24 por cento da semeadura realizada.

O Rio Grande do Sul, terceiro Estado produtor após Mato Grosso e Paraná, ainda não registra plantio de soja, segundo a Céleres, ao contrário do mesmo período de 2011, quando 10 por cento das lavouras estavam semeadas, ajudadas naquele momento por chuvas que chegaram mais cedo que neste ano.

''Na soja, não existe preocupação (em função do atraso)'', disse Galvão, referindo-se a fatores agronômicos.

Um bom ritmo de plantio pode garantir que a soja chegue o quanto antes ao mercado, num momento em que compradores estão ávidos pela matéria-prima, em função do aperto na oferta global após quebras nas últimas safras de Brasil, Argentina e Estados Unidos.

A semana começa com chuva forte no extremo sul do Brasil e apenas com chuvas isoladas no Centro-Oeste, segundo a Somar Meteorologia.

MILHO

Por outro lado, o consultora afirma que, se o atraso persistir, aumentam os riscos para o milho Safrinha, que é semeado imediatamente após a colheita da soja.

''Quanto mais postergar, maior risco climático'', disse ele, referindo-se ao Centro-Oeste.

Já o plantio da safra de milho de verão do período 2012/13 avançou na última semana no Brasil, segundo a Céleres, e está acima do registrado em 2011.

Segundo a consultoria, já foi plantada 37,5 por cento da área prevista para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, contra 31 por cento na semana anterior e ante 35,4 por cento no mesmo período de 2011.

COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA

Em relação à comercialização da soja, a última semana não registrou avanços, disse a consultoria.

A safra 2011/12, que já foi colhida, permaneceu com o índice de negociação de 99 por cento, acima dos 93 por cento no mesmo período do ano passado.

Já a soja da safra 2012/13, que está sendo plantada, manteve o índice de vendas de 47 por cento, ainda bem acima dos 31 por cento de comercialização registrados a esta altura de 2011.

(Por Gustavo Bonato)

Fonte:  http://br.reuters.com/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Aumento da área plantada com soja contribui para safra recorde de grãos

CONAB divulgou a primeira estimativa da safra 2012/2013.
Produção de grãos pode chegar a 182 milhões de toneladas.



G1 - O Portal de notícia da Globo

A CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento, divulgou a primeira estimativa da safra 2012/2013. Os números apontam um recorde na produção de grãos. Segundo a companhia, a produção de grãos pode chegar a 182 milhões de toneladas, com aumento de 10% em relação à colheita passada.
A safra recorde se deve principalmente à soja. De todos os grãos, a produção da soja é a única que deve crescer em área plantada com 27 milhões de hectares, ou seja, 9% a mais do que na safra anterior. A previsão é também de uma produção recorde de soja, podendo alcançar quase 83 milhões de toneladas. O motivo é que o preço do grão está em alta no mercado.
“Basicamente, por questão de quebra de safra. Nós tivemos na safra 2011/2012 primeiro uma quebra no Brasil e na Argentina por questão de seca. Depois, a grande quebra de safra americana. Os Estados Unidos tiveram uma seca nunca vista e uma quebra de safra muito grande. Isso fez com que os preços subissem para patamares muito altos”, diz Edilson Guimarães, diretor de comercialização do Ministério da Agricultura.
O levantamento mostra ainda que a colheita de milho e feijão deve crescer um pouco porque a do ano passado foi muito prejudicada pela seca no Sul e Nordeste do país. Por outro lado, a área da primeira safra de milho e feijão pode reduzir 6%. Os produtores estão preferindo plantar soja, inclusive os agricultores familiares, o que preocupa a CONAB.
“No momento em que o agricultor faz essa opção, o risco é ele não retornar para os produtos mais tradicionais, ou seja, ele acabar se especializando e também adotando o próprio modelo do agronegócio na unidade familiar. Eu acho que isso é muito ruim porque passa a ser cada vez mais um processo de especialização da produção vinculado a um único produto que lá na frente, quando tiver, por ventura, uma queda de preço. Isso coloca em risco, inclusive, a própria manutenção da atividade produtiva”, diz Sílvio Porto, diretor de política agrícola da CONAB.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Valor das vendas do complexo soja aumenta 15,8% no ano


Produtos do setor responderam por 32,5% dos US$ 71,25 bilhões exportados pelo agronegócio entre janeiro e setembro.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


As exportações brasileiras agropecuárias aumentaram 0,5% entre janeiro e setembro deste ano em relação aos mesmos meses de 2011, alcançando US$ 71,25 bilhões e saldo comercial de US$ 59,22 bilhões, ante US$ 58,05 bilhões do ano anterior. O complexo soja foi o principal responsável pela elevação, apresentando alta de 15,8% no período. As vendas desse setor chegaram a US$ 23,19 bilhões ou 32,5% do total exportado pelo agronegócio.
O preço médio das exportações da soja em grão apresentou alta de 6,4% e o farelo de soja, 7,5%. O único produto do complexo que teve retração no preço foi o óleo, com queda de 5,1%.
O segundo lugar em vendas foi o setor de carnes, que acumulou US$ 11,41 bilhões até setembro, mas com queda de 1,3% sobre o mesmo período do ano passado. A explicação é a queda do preço da tonelada, de 4,9%, pois a quantidade exportada aumentou 3,9%. A bovina foi a que apresentou a maior elevação, de 5% no valor e 9,8% no quantum embarcado. Em seguida, a suína registrou expansão de 1,8% no valor e 8,9% na quantidade, enquanto a de frango teve queda de 5,9% no valor e alta de 1,2% em relação ao volume.
Quanto ao complexo sucroalcooleiro, terceiro em valor de negócios, destaque para o álcool, que registrou incremento tanto na quantidade embarcada quanto no preço médio de venda de 42,6% e 2,5%, respectivamente, resultando no montante 46,2% superior de US$ 1,33 bilhão. Outros dois destaques positivos em valor foram as vendas de milho, com alta de 43,6%, e de algodão, com elevação de 76,8%.
A Ásia foi o principal destino dos produtos brasileiros até setembro, atingindo US$ 26,76 bilhões ou uma participação de 37,6% de todo valor exportado pelo Brasil. Entre os países, a China aumentou seu market share de 18,8% para 22,3% de todo valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio, com a expansão de 18,9%. Outros países que aumentaram as aquisições foram o Egito (+34,5%), Coréia do Sul (+31,7%), Tailândia (+30,9%), Hong Kong (+10,2%), Reino Unido (+6,2%), Bélgica (+4,4%) e Estados Unidos (+3,3%).
A balança comercial do agronegócio foi elaborada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).
Confira a nota na íntegra da Balança Comercial do Agronegócio
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/10755_nota_09_-_2012.doc
Acesse a tabela do resultado de setembro e o acumulado do ano (janeiro a setembro)
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/10756_09.2012_-_bc_resumida.xls

Alerta Agroclimático


Nuvens carregadas são observadas no extremo sul do Brasil, bem na divisa entre o Rio Grande do Sul e Uruguai.



Nuvens carregadas são observadas no extremo sul do Brasil, bem na divisa entre o Rio Grande do Sul e Uruguai, com isso há previsões de chuvas fortes com altos volumes acumulados, passando dos 30 mm para essa segunda feira (08)em quase todas as regiões produtoras do Rio Grande do Sul, contudo essas chuvas previstas irão aumentar os prejuízos nas lavouras de trigo que já sofrem fortes impactos pelas intempéries climáticas ocorridas nessas últimas semanas, além de que os produtores não poderão ir a campo para realizar os trabalhos de plantio e nem mesmo o de replantio das áreas perdidas de milho.

Nas demais regiões produtoras, como o Centro-oeste, não há previsões de chuvas generalizadas, porém devido as áreas de instabilidade que estão sobre a região nada impede que ocorram chuvas isoladas, o que possibilitará o avanço no plantio da soja. Mas ainda não é uma condição ideal.

No decorrer da semana há previsões de chuvas sobre quase todas as regiões produtoras da região centro-sul do Brasil, devido ao avanço de uma frente fria. Contudo, os volumes ainda serão baixos, mas já o suficiente para proporcionar condições ideais para o plantio da nova safra de grãos em todas essas regiões. Na Bahia, as chuvas deverão chegar somente depois do dia 15/10, mas condições ideais mesmo para o plantio, somente no final do mês.

Essas chuvas também serão benéficas para a manutenção e elevação da umidade do solo e isso irá beneficiar o pegamento da florada do café, que vem ocorrendo desde meados da semana passada, além de dar condições para a florada da laranja. Mas por outro lado, irá inviabilizar os trabalhos de colheita da cana de açúcar. Dessa maneira, já se pode dizer que realmente o regime de chuvas chegou e deverá se manter frequente de agora em diante.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Área plantada de milho na Argentina deve cair 10% em 2012/2013

Com chuvas recentes no cinturão agrícola do país, algumas das terras mais baixas podem estar úmidas demais.



A área plantada total de milho da Argentina deve cair 10% em 2012/2013, para pouco mais de 4 milhões de hectares, projetou a Bolsa de Grãos de Rosário nesta terça-feira (25/9). A estimativa é a primeira divulgada pela bolsa para este ciclo.

Em 6 de setembro, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires havia divulgado uma previsão de que a área cultivada com milho em 2012/2013 deveria chegar a 3,4 milhões de hectares, queda de 12% em relação ao ano anterior.

O plantio de milho está começando e chuvas recentes no cinturão agrícola do país devem melhorar as condições de cultivo. Segundo a Bolsa de Rosário, em muitas áreas o rendimento tem potencial para atingir novos recordes. No entanto, algumas das terras mais baixas podem estar úmidas demais, destacou a instituição.

Os preços elevados do milho devido à seca nos Estados Unidos fizeram que muitos produtores argentinos avaliassem o plantio do cereal. A Argentina é o segundo maior exportador mundial de milho, depois dos Estados Unidos.

Fonte: Globo Rural, 25 de setembro

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Companhias dos EUA fecham compras de 750 mil t de milho do Brasil

 

 A produtora de suínos Prestage Farms e outras duas companhias criadoras de animais na Carolina do Norte fecharam acordos para importar 750 mil toneladas de milho do Brasil, disse o vice-presidente de uma das empresas norte-americanas envolvidas no negócio, John Prestage.

As importações realizadas por meio de companhias multinacionais do agronegócio, como a Bunge e a Archer Daniels Midland, são as maiores já registradas e ocorrem após a pior seca nos EUA em mais de meio século, que afetou as lavouras norte-americanas de grãos.

"Com a secura aumentando, nós começamos a pensar 'É melhor nós começarmos a buscarmos alternativas ao nosso redor'. Então, nós realmente começamos a entrar em contato com nossos contatos na América do Sul", disse Prestage em entrevista à Reuters.

A empresa de Prestage é familiar e está entre as cinco maiores do segmento de suínos.

Essa foi a primeira confirmação oficial de rumores de que empresas dos EUA iriam importar até 1 milhão de toneladas de milho do Brasil.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projeta que as importações norte-americanas de milho atinjam um recorde de 1,9 milhões de toneladas no ano comercial a terminar em 31 de agosto de 2013.

Produtores do sudoeste dos EUA, anos atrás, importaram grãos da Grã-Bretanha. Mais recentemente, indústrias de ração para gado do Texas importaram trigo do Canadá em agosto.

Os Estados Unidos são os maiores exportadores de milho, soja e trigo do mundo, mas a seca reduziu a produção deste ano de milho para seu menor volume em seis anos.

À medida que o clima ficou quente e seco, Prestage disse que ele e sua família mudaram a alimentação de seus animais para o trigo, principalmente trazido do Canadá.

Mas em junho eles e outros produtores de gado da região perceberam que as previsões do governo norte-americano, de uma abundante colheita de milho no país, não seriam realizadas, e iniciaram os preparativos para importar milho da América do Sul.

O milho importado está previsto para chegar em 15 cargas de aproximadamente 50 mil toneladas cada nos próximos seis meses, com a primeira programada para chegar no porto de Wilmington, na Carolina do Norte, na próxima semana.

MAIS IMPORTAÇÕES POSSÍVEIS

Segundo Prestage, as compras foram feitas em conjunto, envolvendo a empresa de sua família, a Murphy-Brown LLC, uma subsidiária da Smithfield Foods Inc, e a empresa avícola Nash Johnson & Sons' Farms Inc.

As três empresas são parceiras da Wilmington Bulk LLC, uma instalação de importação e exportação de grãos e commodities do porto de Wilmington.

Ele disse que as empresas estão tentando comprar mais milho e outros grãos para ração da América do Sul e outras fontes.

Dave Witter, gerente de sustentabilidade empresarial e comunicações da House of RaeFord Farms --uma cooperativa avícola da qual a Nash Johnson & Sons é membro-- confirmou as compras do milho brasileiro nesta quarta-feira.

Ele disse que a empresa estava explorando futuras importações de farelo de soja.

Um porta-voz da Smithfield declinou comentar.

A produtora de frangos Pilgrims Pride Corp, cuja dona majoritária é a produtora brasileira de carnes JBS SA, disse no início deste verão que pretendia importar milho brasileiro.

John Prestage disse que a Prestage Farms cria 170 mil suínos e 15 milhões de perus que, no total, consomem 50 milhões de bushels (1,27 milhão de toneladas) de milho por ano.

Prestage disse que, atualmente, os custos para importar milho do Brasil estão cerca de 5 por cento mais baixos do que transportar os grãos do Meio-Oeste norte-americano.

Produtores de carnes e aves da Carolina do Norte e de estados vizinhos dependem principalmente de envios ferroviários de grãos para ração do Meio-Oeste.

A Carolina do Norte é o Estado com a segunda maior produção de suínos dos EUA, mas ocupa a 22a posição no ranking de produção de milho no país.

Prestage disse que sua empresa nunca dependeu desse volume de importação de grãos. Que essa situação o deixa nervoso, apesar de os funcionários da Bunge e da ADM tentarem acalmá-lo.

"Eles afirmam que está tudo bem", ele disse, mas acrescentou que "cada embarcação é uma dúvida" até que atraque no porto.

Copyright Thomson Reuters 2011

Fonte: R7, 26 de setembro