sábado, 13 de março de 2010

SELO 100% FEIJÃO - certificado de qualidade chega ao mercado em junho

Assim como já ocorre em outras cadeias produtivas no país como a do café (que tem o selo Abic), as marcas de feijão vão ganhar um certificado de qualidade que chegará nas prateleiras de várias capitais em julho.
Assim como já ocorre em outras cadeias produtivas no país como a do café (que tem o selo Abic), as marcas de feijão vão ganhar um certificado de qualidade que chegará nas prateleiras de várias capitais em julho. O selo 100% Feijão surgiu da necessidade de destacar as marcas que se preocupam com a qualidade do produto. Uma denúncia do Instituto de Defesa do Consumidor, ano passado, mostrou que 60% das marcas estavam irregulares. Em muitas, foram encontrados resíduos tóxicos, além de desrespeitarem a qualidade do alimento e o peso escrito no saco.
O consumidor, muitas vezes, fica sem uma orientação correta da diferença que existe de preço e qualidade do feijão na prateleira do supermercado. Quando ele chega em casa para comer é que ele vai ver que o feijão que estava mais barato continha mais impurezas, em desacordo, muitas vezes, com a legislação e pode estar até ingerindo produtos com resíduos tóxicos. Então, o selo vai garantir a qualidade do feijão e vai diferenciar quais são as marcas que respeitam as boas práticas de fabricação, que não têm mão de obra infantil, que têm cuidado com o meio ambiente e que prestigiam produtores que têm a mesma preocupação — explica Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Conselheiro Administrativo do Instituto Brasileiro de Feijão.

A empresa vai ter que se filiar ao Instituto Brasileiro de Feijão, vai ter uma auditoria no seu armazém, será orientada para fazer a higiene adequada e receberá os certificados necessários para mostrar que ela tem manejo de pragas urbanas (ratos e baratas). Tudo isto será fiscalizado regularmente para verificar se o que está escrito no pacote é o que está dentro dele mesmo, além da qualidade do produto.

— Hoje, existe uma quantidade muito grande de marcas de feijão. Existem, além das tradicionais, o que chamamos de “marcas terroristas”, aquelas que aparecem só na época da safra, com preço mais barato, mas sem preocupação nenhuma com a qualidade e prejudicam muito a capacidade financeira das empresas que estão estabelecidas, porque vira uma concorrência desleal. Isto traz problemas também para o produtor. Nós precisamos de uma margem de lucro justa para que haja rentabilidade suficiente e não haja problemas de calote, que são frequentes no mercado de feijão — destaca Lüders.

Os produtores também vão ganhar com o Selo 100% Feijão, porque o produto vai ficar mais valorizado e as marcas vão beneficiar quem está seguindo todas as normas de plantio. Os problemas com calote também devem ser minimizados e vai ficar mais fácil vender o produto para as marcas afiliadas, fazendo o produtor ter maior liquidez. No futuro, os produtores que seguirem todos os padrões de qualidade também serão compensados financeiramente pelas marcas (já que elas ficarão mais exigente na compra), mas Lüders não sabe ainda em que momento isto será oficializado.

— O Brasil está se modernizando muito rapidamente e chegou a hora de modernizar esta cadeia produtiva também. O feijão é muito representativo no país, merece investimento e merece um selo de qualidade. Segundo uma pesquisa da Folha de Associados, 94% dos brasileiros consomem feijão todo dia na hora do almoço. O selo está reconhecendo o trabalho dos produtores e dos empacotadores que buscam ter qualidade — comemora

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