quarta-feira, 14 de abril de 2010

PREÇOS: ALTA DE 2,17% NA PRIMEIRA QUADRISSEMANA DE ABRIL

O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou alta de 2,17% na primeira quadrissemana de Abril, afirmam José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti, pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os produtos do IqPR que registraram as maiores altas foram: feijão (60,71%), banana nanica (55,81%), tomate para mesa (19,04%), algodão (6,96%) e carne suína (4,91%).Os preços baixos obtidos pelos produtores paulistas de feijão, durante o ano de 2009 e o primeiro bimestre de 2010, desestimularam o plantio da safra da seca, o que vem provocando aumento em suas cotações nos meses de março e abril. Os preços da banana nanica encontram-se dentro da variação estacional padrão. O aumento reflete a diferença entre os baixos preços alcançados durante o verão e o estímulo nos preços provocados pela expansão do consumo. O tomate para mesa, depois do acelerado movimento de alta nos preços ocorrido na primeira metade de março, provocado pelo clima excessivamente chuvoso, apresenta redução do ritmo de evolução de suas cotações. No caso do algodão, os preços internacionais dispararam dada a redução dos estoques, com o que os preços internos subiram mais que a valorização cambial. A oferta menor que o consumo da agroindústria têxtil brasileira deverá manter viés de alta para os preços da pluma nos próximos meses.A carne suína, que apresentava resultados pouco animadores, após a redução dos plantéis de muitos produtores, vê seus preços em ascensão, no último mês, a partir da retomada dos contratos internacionais. Os produtos que apresentaram as maiores quedas foram: laranja para indústria (10,21 %), laranja para mesa (8,81%), arroz (8,66%), carne de frango (6,13%) e soja (5,58%). Na laranja de mesa, a pressão para baixa dos preços se manifesta em função do final do verão, quando se reduz o consumo de sucos caseiros. No caso da indústria, a entrada da safra, os preços internacionais e a valorização cambial indicam preços em queda. O início da safra de arroz no Rio Grande do Sul e em outros estados sulistas e do Centro-Oeste derrubaram as cotações do produto, o que tem freado as negociações entre produtores e o atacado. Para a carne de frango, a explicação está na ampla oferta do produto e na queda da remuneração das exportações, aliada à oferta de carne bovina barata, que pressionou os preços para baixo. Por outro lado, os menores preços da carne de frango refletem a redução dos custos de produção derivada da queda de preços de milho e soja.Para a soja, depois de anunciada safra recorde com crescimento de 30% associada ao início da colheita, as cotações do produto recuaram, além das mudanças na economia chinesa que prognosticam menores aquisições desse produto por esse país asiático. Essa tendência dos preços internacionais e os custos do frete podem ampliar as dificuldades econômicas dos produtores das áreas mais distantes da fronteira agropecuária, gerando remuneração líquida abaixo dos custos de produção.

http://www.agricultura.sp.gov.br/

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