quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Feijão tem estimativa de produção recorde em Minas

Minas Gerais deve produzir este ano um volume aproximado de 577,7 mil toneladas de feijão, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado, que organizou os dados, o aumento em relação à safra anterior é da ordem de 2,1%. Apesar de pequena, essa diferença garante um recorde histórico de produção para as lavouras mineiras de feijão.
De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola, João Ricardo Albanez, este é o ano período em que a produção da leguminosa no Estado supera a barreira das 500 mil toneladas. Em 2008, a safra alcançou 564,9 mil toneladas, em 2005 foram 559,6 mil toneladas, e em 2003 o volume foi de 544,1 mil toneladas.

O superintendente ainda observa que o aumento médio da produção estimada de feijão em Minas supera em 2009 o índice brasileiro, que deverá ficar em torno de 1,5%. A safra de feijão do Brasil deve alcançar pouco mais de 3,5 milhões de toneladas.


Já a produtividade média das lavouras mineiras de feijão nas três safras, em 2009, está estimada em 1,4 mil quilos por hectare. Esse índice também representa um recorde histórico, segundo o superintendente. “A produtividade mineira é bem superior à média das lavouras de feijão no Brasil, que está estimado em 858 quilos por hectare”, observa Albanez.

Para o coordenador técnico estadual da Emater-MG, Marcelo de Pádua Felipe, os agricultores aumentaram a produção porque foram estimulados pelos bons preços do período anterior. “A lei da oferta e da procura define a cotação do produto e vale como referência para os agricultores”, explica Marcelo Felipe. Ele acrescenta que o preço do saco de 60 quilos de feijão em Minas oscila atualmente entre R$ 70,00 e R$ 85,00.

Na Fazenda Paraíso, em Paracatu, cerca de 120 hectares são reservados para o cultivo de feijão. O gerente da propriedade, Isidoro Medeiros do Prado Neto, diz que “o feijão das águas, plantado no período das chuvas, garante geralmente uma receita mais alta que o produto irrigado ou de sequeiro porque é colocado no mercado numa fase de pouca oferta. “E isso aconteceu neste ano”, ele explica. O saco de 60 quilos alcançou até R$ 120,00. Ele ainda observa que o custo de produção do feijão das águas foi da ordem de R$ 40,00 por saco e no caso produto irrigado é próximo de R$ 45,00.

Produção forte

Minas Gerais é o segundo maior produtor nacional de feijão, respondendo por quase 15% da produção, atrás do Paraná. A região Noroeste concentra os maiores produtores mineiros, com safra estimada de 233,1 mil toneladas em 2009. Unaí responde por 123,6 mil toneladas. Os outros municípios com produção expressiva são Buritis e Paracatu. Destaca-se também a produção do grão em Bonfinópolis de Minas, no Noroeste do Estado. A produtividade média de feijão nas lavouras desse grupo de municípios varia de 1,8 mil quilos a 2,7 mil quilos por hectare.


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