segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Preços ao produtor sobem 1,49% na segunda quadrissemana

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mensura os preços pagos ao produtor, subiu 1,49% na segunda quadrissemana de outubro, segundo o Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (IEA).
O índice de produtos de origem vegetal aumentou acima do índice geral (1,83%), enquanto o de produtos de origem animal apresentou variação positiva de 0,66%.
Com a exclusão da cana-de-açúcar do cálculo, o índice geral sobe apenas 1,02%, enquanto o índice de produtos vegetais fica positivo em 1,37%. As altas mais significativas ocorreram nos preços do amendoim (20,84%), da carne suína (9,30%), da carne de frango (9,09%) e das laranjas para mesa e para indústria (8,74% e 7,23%, respectivamente). O amendoim começa a recuperar seus preços, que atingiram níveis muito baixos no primeiro semestre do ano, segundo os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.
A alta do preço da carne suína decorre do aumento da demanda, principalmente por parte da indústria, que está incrementando a produção de derivados, com vistas ao consumo do final do ano, dizem os analistas do IEA. "Nos últimos meses, os preços da carne suína ficaram abaixo do esperado, por conta da influência da gripe A (ainda erroneamente chamada de gripe suína), e estão menores em 31% em relação ao mesmo período de 2008."
A carne de frango ensaia processo de recuperação de preços, que ainda se encontram em patamar bem inferior aos anteriores. Já a chegada da primavera, apresentando dias com temperaturas elevadas, favorece o consumo da laranja (para mesa), o que justifica a variação positiva da cotação da fruta. Sem falar da menor concorrência da laranja para indústria no consumo in natura.
"Entretanto, sob a ótica da renda do citricultor, o processo pode ser considerado de recuperação de preços, uma vez que os mesmos se mantêm 30,7% inferiores aos verificados em igual período de 2008. O mesmo se pode dizer da laranja para indústria, que aumentou, mas ainda se mantém muito abaixo do ano anterior (-34%). Noutras palavras, os preços da laranja, em geral, se mostram em torno de um terço inferiores aos verificados em 2008."
As quedas mais expressivas foram verificadas nos preços do tomate para mesa (21,36%), da banana nanica (16,56%), dos ovos (12,74%), do feijão (10,68%) e do trigo (5,60%).
(A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br)

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